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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por degen_aramis Sáb Out 16, 2010 1:30 pm

    Olá, a todos,
    resolvi pegar na inspiraçao, e escrever o que me ia na mente... o resultado foi esta fic... e desculpem o título ser em inglês, mas gosto mais do que a versão traduzido para português... Um breve esclarecimento: esta fic está organizada e duas partes, cada qual com o seu título. Boas leituras!!

    PARTE 1: DARK ARAMIS

    Prólogo - NOS ESCOMBROS DE BELLE-ÎLE

    A rendição de Belle-Île tinha terminado. Os guardas do Cardeal, sob comando de Rochefort, penteavam a ilha em busca dos corpos de Milady, Mansonne e do Máscara de Ferro. Athos, Porthos, d’Artagnan e Aramis estavam num dos navios da frota francesa, que os levava de volta a terra firme, e depois de regresso a Paris. Aramis, encostada à proa do navio, de olhos fechados, deixava que os salpicos salgados levantados pelo navio lhe molhassem a cara, ao mesmo tempo que os seus cabelos ondulavam ao ritmo do vento. Finalmente tinha-se vingado do assassino de François. Finalmente podia dar descanso ao seu coração desassossegado. D’Artagnan aproximou-se dela, e tocou-lhe com a mão no ombro:

    “Tão pensativo, Aramis? Está tudo bem contigo?” – utilizara de propósito o termo masculino, porque não estavam sozinhos a bordo…

    “Ah, d’Artagnan, és tu… Obrigado por tudo, meu amigo…finalmente posso parar de procurar…terminei a minha vingança. Estou feliz, d’Artagnan…” – Aramis voltara-se, sorrira, e dera um abraço ao seu jovem amigo.
    Nisto, Porthos e Athos juntavam-se-lhes, Porthos trazendo quatro copos, e Athos uma garrafa na mão.

    “Com os agradecimentos de Sua Majestade…ou assim me foi dito…não há nada como um bom vinho para aquecer o espírito…depois daquela luta toda…Aramis, não tens desculpas…foste ferido, tens que recuperar…toma!” – Porthos, sempre bem disposto, dera uma forte palmada nas costas de Aramis, que quase a fizeram cair para o lado, não fosse d’Artagnan estar ali. No entanto, sorriu ao seu amigo gigante, e pegou no copo sem ripostar. Athos abriu a garrafa, e cheirando o seu conteúdo, riu-se:

    “Ahahahahah….Porthos…parece-me que vais sair desapontado…e como estamos de serviço, teria sido estranho o capitão autorizar que bebêssemos vinho…Mas cheira muito bem, e decerto deve ser bom…Bebamos, então, à nossa amizade!” – Athos encheu os quatro copos, de um líquido amarelado, Porthos franziu o sobrolho, fazendo um ar amuado, mas esboçou um grande sorriso, dizendo, levantando o copo:

    “Ah, bem…cidra…melhor que nada… então, à amizade!”

    “À amizade!” – disseram quatro vozes em coro.

    ****

    Entretanto, nos escombros da gruta da fortaleza de Belle-Île, um homem entrava na mesma, pensativo:

    “Ainda bem que consegui chegar aqui despercebido…parece que o plano do meu mentor falhou…outra vez… já há seis anos atrás, foi desafiado por um soldado do Rei…desta vez foram os mosqueteiros…bom…tenho que ir procurá-lo…ele nunca devia ter vindo para Paris cegado pela busca daquela mulher…pode ser que ainda estej….” - os pensamentos deste jovem homem foram interrompidos porque avistara um vulto dentre os escombros da gruta, um vulto que reconhecia como sendo o seu mentor. Rapidamente se chegou ao pé do homem inconsciente, virou-o para cima, tomou-lhe o pulso, e verificou que o coração ainda batia e que respirava regularmente. Com duas mãos ágeis e treinadas, retirou a máscara de ferro da cara do homem, seguindo-se a capa, o gibão, as botas e as calças, uma vez que estavam rasgadas, e tinham sido apanhadas pelas chamas. O homem tremia, e tinha o seu corpo bastante queimado e cheio de cortes, provocados pela explosão da gruta, e de seguida, pelo rebentamento do submarino. Envolvendo o corpo num cobertor, o jovem dirigiu-se à saída da gruta, para verificar se ainda estava sozinho, e encheu um pequeno frasco com água que escorria límpida das paredes. Ao voltar-se, sentiu uma lâmina no seu pescoço, e ergueu os braços em sinal de submissão.

    “Quem sois vós? O que fazeis aqui? O que quereis fazer com esse bandido? Respondei-me, antes de vos levar também preso…” – a voz deste homem era ameaçadora, e a lâmina fazia corresponder à verdade aquelas palavras. Voltando-se lentamente, o jovem fixou o seu olhar no seu oponente, vendo que se tratava de um soldado de Richilieu, e respondeu:

    “Caro senhor, permiti-me que me apresente. O meu nome é Alexandre, sou o Marquês de Mercoeur, e este homem aqui, que é um leal serviçal meu, pretendo levá-lo comigo para que reconvalesça em minha casa. E decerto, vós como homem do Cardeal, não tereis objecções se eu vos ajudar a declarar o corpo do bandido Máscara de Ferro, e ficares com todos os créditos…além da recompensa que vos poderei pagar…”

    “Mas qual recompensa? É claro que vou declarar o corpo deste bandido, mas ainda vivo para ser levado à justiça, bem como vós, o seu cúmplice…Ireis ambos ser executad…..ooooooossssss…! – o soldado emitiu a última sílaba num suspiro, uma vez que uma fina adaga prateada lhe tinha trespassado o peito, e caiu morto no chão. Alexandre limpou a lâmina na capa vermelha do soldado, e rindo-se, disse:

    “Não sabias com quem te estavas a meter, meu pateta…e agora serás tu o bandido da Máscara de Ferro…e eu vou vestir o meu mentor nas tuas roupas, e levá-lo daqui para fora… para podermos planear novas medidas num futuro próximo…HAHAHA!”

    “crick” – um estalido atrás dele, fez o jovem desembainhar a sua espada, e apontá-la a quem quer que se estava a aproximar. Era um homem de estatura média, cabelos negros, com algumas madeixas grisalhas, envolto num esplêndido manto de brocado vermelho, e que se movia silenciosamente como uma serpente. Ergueu as mãos em sinal de rendição, e abordou-o:

    “Senhor Mercoeur, se me permitis abordar-vos pelo vosso nome, achei a vossa conversa deveras interessante…com o senão de eu conhecer o verdadeiro Marquês, e não sois vós esse homem… e nem aquele que jaz ali no chão...”

    “Continuai…quem sois vós para afirmares isso com tanta certeza? Não terei qualquer problema em vos remeter para o além, junto com este aqui…”

    “Não tenho a menor dúvida disso, senhor. Eu sou Gaston Charbonneau, secretário do Cardeal Richilieu, e segui este soldado porque sabia que ele vinha procurar o corpo do bandido da máscara de ferro. E, respondendo à vossa pergunta, conheço o Marquês há oito anos, na altura eu tinha iniciado funções junto do Cardeal, e numa das primeiras recepções dadas por Sua Eminência em Bagneux, conheci-o. Temos mantido um relacionamento muito discreto, mas mais intenso desde que ele me incumbiu de tentar saber o paradeiro da sua noiva desaparecida, há seis anos atrás…”

    “Compreendo…ele falou-me de vós, de facto… Sendo assim, deduzo que não ireis colocar objecções a que eu leve este homem daqui…o meu mentor, Durand de Mérignac. Eu chamo-me Rashid, servidor fiel do marquês, bem como deste meu mentor.”

    “É um prazer, senhor Rashid. Ajudar-vos-ei a trocar as roupas do soldado para o vosso senhor, e depois podeis ir comigo, no meu bote, até ao navio. Ninguém ousará fazer perguntas, apenas tereis que encontrar mais um voluntário dos guardas do Cardeal, para que possais vestir-vos igualmente com o seu uniforme… E assim, levais um colega vosso ferido para bordo…e depois podeis levá-lo para a minha modesta casa, visto que não estará e condições de fazer grandes deslocações… Ah, só faltaria um pormenor…” – Gaston friccionava as mãos de prazer – “Teremos que fazer com que a cara deste soldado esteja irreconhecível…não convém deixar pontas soltas…”

    HAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!! – o riso maléfico ecoou na gruta, enquanto que ambos os homens apertavam as mãos, e se aproximavam do soldado morto…








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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Anbel Dom Out 17, 2010 2:10 pm

    Olá Degen_Aramis…estive a ler esta primeira parte e o que posso dizer é que ADOREI!!! cheers

    Tenho um bocadinho de pena que o título esteja em inglês mas este é apenas um pequeno pormenor que acaba por ser irrelevante para a história em si…o que aqui interessa mesmo é o conteúdo do capítulo e esse está muito bom…

    Começas mesmo no final do conflito de Belle-Isle e quase que ainda se sente o fumegar dos escombros da fortaleza…
    D’Artagnan, Athos, Porthos e Aramis estão de regresso a casa enquanto que Rochefort e os seus homens ficam para trás nos trabalhos de “limpeza” á procura de indícios que os levem a descobrir os vilões…e pelo vistos vamos ficar a saber algo mais sobre a pessoa que se esconde por trás da Máscara de Ferro, o que acaba por ser um dos grandes mistérios da série…


    Gosto muito da maneira como descreves tudo o que acontece na gruta…toda aquela tensão e todo aquele encadeamento de acontecimentos que parecem culminar na formação duma nova aliança entre Rashid e Gaston Charbonneau…

    Este nome “Rashid” está a soar-me a algo exótico, tipo oriental ou árabe…será que isto quer dizer que esta será uma fic de contornos internacionais? E pronto…lá estou eu a divagar só por causa dum nome Razz …mas é que isto faz-me mesmo fantasiar…não que seja uma grande novidade para a Degen que já sabe o que um simples nome pode fazer… Cool


    Então parece que vamos ter aqui o desvendar do mistério do Máscara de Ferro e talvez mais algumas coisas sobre o passado de Aramis/Renée…

    Vamos então ver o que vai acontecer de seguida…mas conhecendo a autora bem podemos esperar emoções fortes e reviravoltas imprevisíveis…

    Então cá ficamos á espera dos próximos capítulos… Very Happy

    E como podes ver Degen_Aramis, nem sempre sou uma “censureira-mor”!!! Wink


    Já agora…gostas muito de acabar os capítulos com risos sinistros não é? É que já é a segunda vez que isto acontece…pelo menos fica o apetite aguçado para a continuação… Cool


    Então BOM TRABALHO e MUITA INSPIRAÇÃO!!! Very Happy
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    Mensagem por Lyrrinne Dom Out 17, 2010 4:58 pm

    Faço minhas as palavras da Andreia, está aqui uma boa dose de mistério a desenrolar-se... sei que nos irás presentar com 21255545 capítulos Razz e é natural que os iremos ler a todos eheeheheheheheh!
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    Mensagem por degen_aramis Dom Out 17, 2010 7:20 pm

    Agradecimentos, agradecimentos, agradecimentos.... Embarassed

    E sim, confesso que gosto de acabar capítulos com riso maléfico... Razz E não há-de ser o último... Wink
    Em relação ao nome "exótico", posso adiantar sem estar a dar spoiler, que foi escolhido de propósito...por causa de um certo ambiente internacional na fic... sim...além França... verão...mais adiante...
    E Máscara de Ferro/ passado de Renèe-Aramis: vai haver desenvolvimentos nesse sentido, sim... porque foi "aquela pergunta" que ficou no ar...vamos ver se consegui dar-lhe a volta... Razz
    Em relação ao título em inglês, eu própria preferia um em português, e tenho-o aqui, à mão. O que eu sugiro é que se faça uma votação entre @s leit@res, e se de facto a maioria achar que em portugês também fica bem, eu altero!!!
    Em português seria: VENTOS DE MUDANÇA: ENCRUZILHADAS DO DESTINO"... ligeiramente diferente... não tão empático...mas fica a proposta... em relação à continuação: vem já de seguida...

    E agradeço as palavras da Lyrinne - a vontade de tentarem ler tudo... ainda vai ser um bocado...mas esforçar-me-ei para manter o tamanho de cada capítulo razoável... Laughing

    Até já, capítulo 1 a seguir...
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    Mensagem por degen_aramis Dom Out 17, 2010 7:30 pm

    CAPITULO 1: HÁ SEIS MESES…

    Em Auxonne, instalada num confortável divã, frente ao crepitante fogo da lareira, uma jovem mulher de cabelos negros, olhos verdes, envergando um magnífico vestido de veludo vermelho, bordado a fios de prata e ouro, e com diversas pedras preciosas incrustadas no decote arredondado, saboreava uma exclusiva patê, e bebia um exclusivo champanhe. A seu lado, num cadeirão faustoso, um homem de traços árabes, com cabelos negros curtos e encaracolados, e olhos cor de ébano, lia interessado um livro sobre plantas e ervas.
    “Ahmed, acho que me podia habituar a esta vida…ainda por cima porque todos me julgam morta…e porque tive a felicidade de não ter que aturar aquele marido durante muito tempo, mas ter ficado herdeira soberana de tudo o que lhe pertencia… só é pena o aborrecimento…tenho saudades das intrigas de Paris, daquele frio Cardeal, do incompetente do Rochefort, e daqueles intrometidos dos mosqueteiros… mas não posso ter tudo…”

    “Madam, vós podeis ir para onde quiseres, e fazer o que quiseres…basta que mo ordeneis, seguir-vos-ei para onde fores… Sou para sempre vosso… até ao meu último suspiro… porque não ides até Paris, apenas para matares o vosso tédio?? Seria uma viagem interessante, já que tendes lá antigos conhecimentos e podíeis ….”

    “TOCK, TOCK…” – alguém batera à porta, e interrompera o discurso de Ahmed.

    “Sim, entrai.” – disse a mulher.

    “Senhora, peço perdão de interromper, mas chegou agora mesmo esta carta, e o estafeta que a trouxe disse que quem a enviou lhe ordenou que a entregasse com as palavras “Terminar a vingança final.”. Com vossa licença.”

    “Obrigado, James, podes retirar-te.” – a mulher pegou na carta, não fazendo ainda nenhuma interpretação das palavras do estafeta, mas ao lhar para a caligrafia, sabia imediatamente do que se tratava. Abriu a carta, leu-a, e ao terminar, riu-se sarcasticamente, e disse:

    “HAHAHA…mas que pena, não conseguiu terminar o seu plano…mas então é a altura ideal para eu o fazer em vez dela… Ahmed, parece que afinal vou aproveitar o meu tempo livre e divertir-me…Vou finalmente sair deste tédio…” – tocando um pequeno sino, dois homens entraram imediatamente no salão e foi-lhes dito:
    “Garcia, prepara os cavalos; ireis acompanhar James até Paris…James, tenho uma missão muito importante para ti. Irás levar algumas cartas para Gaston, o nosso contacto em Paris, para tratar de alguns preparativos… Eu seguirei daqui a alguns meses…e entretanto dizei-lhe também que mande preparar a minha casa de campo em Bourg-la-Reine…incluindo a ala oeste, que é especial, como ele sabe…aquilo deve estar tudo imundo…Compreenderam? Sabem que tenho inteira confiança em vós.”

    “Sim, Madam, é uma honra tratar deste assunto por vós.” – responderam em coro Garcia e James.
    Madam levantou-se do divã, foi até à escrivaninha e, em escassos minutos, tinha escrito meia dúzia de velinos, os quais lacrou e selou, e depois entregou a James. Os dois homens saíram, e partiram imediatamente.

    “Alain, onde estais? Entrai aqui, sei que estais algures na minha sombra…como sempre…como excelente guarda-costas que sois…”

    Por detrás dos cortinados da grande janela, apareceu um homem alto, bem constituído, de cabelos loiros curtinhos, olhos azuis, envergando um elegante gibão preto, sobre o qual trazia duas fivelas prateadas, com uma espada de cada lado da cintura. Fez uma pequena vénia, aproximou-se da mulher, e beijou-lhe a mão.

    “Tanta cortesia…serias o ideal galã para Paris, Alain…todas as raparigas te cairiam aos pés… não fosse eu conhecer a tua faceta militarista, diria que és um perfeito gentil-homem.. HAHAHAHA!! Mas falando de coisas sérias, irei precisar que contactes com os nossos homens, e eles que vão ter connosco a Bourg-la-Reine daqui a seis meses. E não te esqueças do Vincenzo – irei precisar daquelas mãos hábeis de artista, mestre costureiro e pintor…”

    “Sempre às vossas ordens, Madam…Quando quereis que parta, e regresse?”

    “Vais amanhã, demoras o tempo que precisares, e depois regressas aqui. É preciso eu preparar muitos detalhes, e para isso, necessito das informações que Gaston irá reunir para mim em Paris…mas seis meses é mais do que suficiente…Por hoje, brindemos ao divertimento que nos espera…brindemos à ida a Paris!! Ahmed, finalmente ireis conhecer a capital…À nossa, meus caros senhores!!”

    *****

    Ao mesmo tempo, em Paris…

    Num quarto no primeiro andar de uma pequena mansão, na Rue de Saint- Honorè, todas as portadas estavam fechadas, todo o quarto estava escurecido, e apenas existia a fraca luz de quatro velas junto à entrada, colocadas em distâncias iguais, ao longo de uma mesa rectangular de carvalho. Na mesma mesa, estavam dispostos diversos frascos de vidro, uma pilha de toalhas lavadas, uma tigela com água fresca, e diversos tamanhos de ligaduras. Ao lado da mesa, num cadeirão de abas, está sentado o jovem Rashid, adormecido.
    Na cama, uns grunhidos e gemidos baixos atravessam o lençol branco, e uma silhueta de um homem com ligaduras em todo o corpo, exceptuando a cabeça e a cara, começa a recobrar os sentidos. Tentando mexer-se, faz com que uma das almofadas que acolchoavam as suas costas caísse no chão, acordando Rashid.
    Rashid ergue-se, dirige-se à cama, e vê, com grande alívio, que o homem finalmente despertou. Volta a ajeitar-lhe com extremo cuidado as almofadas, elevando-lhe ligeiramente a cabeça. O homem, agora acordado, tenta mexer-se, mas apercebe-se que está amarrado nos pés e mãos à cama. Rosnando, diz:

    “Rashid….Rashid… o que se passa aqui? Porque estou amarrado à cama? Não consigo…não consigo…o meu corpo arde-me…Belle-Île…o que..?”

    “Acalmai-vos, senhor Durand, estais em segurança, na mansão de uma pessoa que partilha a nossa causa. Estivestes inconsciente durante duas semanas, entre a vida e a morte, mas agora estais a salvo…o médico disse que se recuperásseis os sentidos, estaríeis fora de perigo… Em relação ao que aconteceu, Belle-Île explodiu, e fostes apanhado pela explosão, e depois o submarino rebentou. Fostes cuspido para fora dos restos da máquina, e eu encontrei-vos na gruta, já inconsciente, e depois trouxe-vos para cá.”

    “Mas…mas porque estou amarrado, Rashid?”

    “Foi apenas uma medida de precaução meu senhor. Devido ao estado das vossas queimaduras, e mesmo estando inconsciente, debatestes-vos furiosamente, e podíeis ter-vos ferido ainda mais. Por isso vos amarrámos…mas agora deixa de ser necessário… esperai, vou aliviar-vos dessas cordas…” - e, em dois movimentos profissionais, Rashid desamarrou o seu mentor. De seguida, dirigiu-se à mesa, encheu um copo com uma substância esverdeada, e voltou para junto de Durand. Levantando-lhe ligeiramente o queixo, disse-lhe:

    “Senhor Durand, o médico tem-vos dado a beber isto todos os dias, é uma mistura altamente eficaz para uma recuperação mais rápida. Perdoai-me, mas é bastante amarga…” - Durand nada disse, abriu a boca, engoliu todo o conteúdo do copo, e não fez nem sequer uma careta. Já com as ideias a fervilhar, perguntou:

    “Rashid, quer dizer que Mansonne e Milady…”

    “Sim, senhor, estão mortos…mas…há uma coisa que Mansonne me disse, antes do seu último suspiro, quando encontrei o seu corpo a flutuar junto à baía…que era destinada aos vossos ouvidos…”

    “Sim, o que foi que ele disse?”

    “Não faz sentido nenhum, mas ele disse, e eu cito - “A resposta que procurais está por baixo do gibão do mosqueteiro loiro: o exterior não é igual ao interior .Percebeis o que ele quererá dizer?”

    Durand fecha os olhos, reflectindo durante um breve instante, volta a olhar para Rashid e diz:
    “Tens toda a razão, meu fiel aprendiz e amigo…não faz sentido nenhum…bom, estou a sentir-me cansado, penso que irei dormir mais um pouco…agradeço-te o que fizestes por mim, Rashid. Espero um dia poder retribuir…”

    “Não tendes que me agradecer. É a minha obrigação, e faço-o porque eu é que vos devo tudo…se não me tivésseis resgatado daquele navio…hoje seria um escravo…e a sonolência é causada pelo remédio que bebestes…mas é esse o efeito curativo… descansai, senhor, até mais logo. Estarei sempre aqui…” – mas Durand já não o ouvira.

    ****
    Uma bela e jovem rapariga loira e de olhos azuis vinha abraçada a François, e juntos, entraram na mansão dos pais dela. Aconteceu o pedido de casamento, e ele tivera que observar…sem poder fazer nada…apenas estar ali, a ver felicidade irradiar de François e Renèe – François tinha mais uma vez conseguido tudo, e ele mais uma vez nada. Apenas as palavras de Renèe, inocentes, mas como punhaladas para ele:
    “Durand, sois um bom amigo para François…agradeço-vos por essa amizade!”

    Depois, a morte de François, o luto demasiado curto de Renèe, e a nova oferta de casamento, desta vez do marquês Alexandre de Mercoeur - o seu pai adoptivo, o homem que o criara como seu filho… e depois…Renèe desaparecera sem deixar rasto…

    Novas imagens atormentavam agora o sonho de Durand: estava em Belle-Île, observava triunfante os dois mosqueteiros que tinham capturado e agrilhoado, e que estavam a fazer trabalhos forçados mais à frente… a fina silhueta do mosqueteiro loiro, a sua frágil constituição física, os longos cabelos loiros e olhos azuis, a cair, ser chicoteado, e o seu colega a ser protector…Dirigira-se ele próprio ao calabouço, nessa noite, pegara no chicote, e adorara bater naquela figura amarrada na sua cela…e chegar-se ao pé dele…os traços finos daquela cara…a pele suave… o seu cheiro inebriante…que lhe era familiar…um medalhão dourado que lhe vira pender ao pescoço…
    Durand ergueu-se de um sobressalto na cama, sentindo finas gotas de suor na testa, e demorando uns segundos a perceber que estava na cama da mansão em Noisy-le-Sec… Mas de repente, tudo lhe fez sentido: aquelas imagens todas, as suas recordações, Renèe, e as palavras de Mansonne. Murmurou baixinho para consigo:

    “Mansonne, obrigado. No vosso último suspiro, destes-me a resposta que procurava, e finalmente vou poder vingar-me dela: Renèe é Aramis…” - e riu-se sarcasticamente, voltando a acomodar-se debaixo dos lençóis.

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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Lyrrinne Seg Out 18, 2010 3:10 am

    Nicely done my dear... gostei da reviravolta que deste ao "cabeça enlatada" Razz Very Happy
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Anbel Seg Out 18, 2010 8:10 am

    Degen_Aramis escreveu:
    E sim, confesso que gosto de acabar capítulos com riso maléfico... Razz E não há-de ser o último... Wink
    Sim, já percebemos que existe aqui uma tendência!!! Wink Pessoalmente não me importo nada com isso porque me parece que estes vilões são mesmo maléficos o que significa que estão “autorizados” a rir-se dessa maneira…


    Degen_Aramis escreveu:
    Em relação ao nome "exótico", posso adiantar sem estar a dar spoiler, que foi escolhido de propósito...por causa de um certo ambiente internacional na fic... sim...além França... verão...mais adiante...
    Bem me pareceu que este nome não é nada francês…pelo contrário…tem uma certa sonoridade exótica de além-mar…outras terras…outras culturas…outros ambientes…
    Vamos então esperar para ver o que vai sair daqui… Cool


    Degen_Aramis escreveu:
    E Máscara de Ferro/ passado de Renèe-Aramis: vai haver desenvolvimentos nesse sentido, sim... porque foi "aquela pergunta" que ficou no ar...vamos ver se consegui dar-lhe a volta... Razz
    Já se percebe que vamos ter algumas respostas sobre o passado destas personagens, ou pelo menos ficamos com a sensação de que Renée e o Máscara de Ferro têm algum tipo de ligação entre eles…talvez não intencional, pelo menos da parte da Renée mas é certo que existe algo que os une…vamos então ver que volta é que vais dar a esta situação… Cool


    Degen_Aramis escreveu:
    Em relação ao título em inglês, eu própria preferia um em português, e tenho-o aqui, à mão. O que eu sugiro é que se faça uma votação entre @s leit@res, e se de facto a maioria achar que em portugês também fica bem, eu altero!!!
    Em português seria: VENTOS DE MUDANÇA: ENCRUZILHADAS DO DESTINO"... ligeiramente diferente... não tão empático...mas fica a proposta...
    Pessoalmente não acho que o título fique assim tão mal em português…pela minha parte acho que isto deve ficar ao critério da autora…Não nos esqueçamos que de momento não sabemos o que vai acontecer de seguida o que significa que a nossa opinião fica um bocadinho limitada por isso mas acho que deves escolher o que te parecer melhor…


    Degen_Aramis escreveu:
    mas esforçar-me-ei para manter o tamanho de cada capítulo razoável... Laughing
    Não te esqueças que como se trata duma fic pessoal com uma única autora podes sempre decidir quando queres acabar um capítulo e passar para o seguinte, o que significa que fica ao teu critério a decisão de veres o que queres encaixar em cada capítulo concreto…
    Pessoalmente acho que as fics individuais têm esta vantagem quando comparadas com as colectivas… e não te esqueças que és tu que comandas tudo… Wink



    Em relação ao capítulo propriamente dito, o que posso dizer é que continuo a gostar Very Happy …o mistério não pára…antes pelo contrário pois surge agora uma nova personagem feminina com maus instintos como convêm e que parece que ainda vai ter um papel muito importante no desenrolar desta história…

    E quanto ao exotismo cá temos mais uma personagem estrangeira, tanto na aparência como no nome…será que ainda vamos acabar por ter viagens a outros continentes nesta fic? Cool

    Seja como for estás a conseguir suscitar curiosidade nos leitores…

    E ficamos a saber mais um pouco sobre o Máscara de Ferro…um outro candidato á bela e doce Renée mas que pelos vistos tinha muita concorrência á frente…François…Alexandre de Mercoeur…é entusiasmante o caminho que nos estás a apresentar!!!

    Então cá ficamos á espera para ver o que se segue… Very Happy

    BOM TRABALHO…
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Athos de La Fère Seg Out 18, 2010 10:01 am

    Caraaaaaaaamba... Degen... sabes mesmo escrever uma boa intriga...
    E velhos vilões prontos para contra atacar... Aramis que se cuide, aí vem chumbo grosso para cima dela...

    Puxa vida! Está muito interessante esse campo de fics...
    Eu tinha começado uma fic sozinha no papel... nem cheguei a digitalizar nada... mas pq. não gostei... achei bem forçadinha... melodrama mexicano... Smile

    Mas se criar coragem, e arrumar tempo para terminá-la, eu ponho aqui.. passarei um pouco de vergonha, pois vossas opiniões poderão ajudar-me a melhorar a arte da escrita!!

    Parabéns Degen!!
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    Mensagem por Anbel Seg Out 18, 2010 5:10 pm

    Sim, vem aí uma grande história recheada de intrigas e suspense!!! Cool
    Só temos é que esperar para ver o que é que a continuação nos vai trazer mas não tenho dúvidas que vai ser interessante…


    Camilla Nunes escreveu:
    Eu tinha começado uma fic sozinha no papel... nem cheguei a digitalizar nada... mas pq. não gostei... achei bem forçadinha... melodrama mexicano... Smile

    Significa isto que poderemos em breve ter acesso a uma produção própria de Camilla Nunes? Cool Isso seria fantástico…
    Mas se não gostaste da primeira ideia podes sempre continuar a exercitar a imaginação para ver se no futuro surge algo que seja mais do teu agrado…
    Não deixes de pensar nisso… Wink


    Camilla Nunes escreveu:
    Mas se criar coragem, e arrumar tempo para terminá-la, eu ponho aqui.. passarei um pouco de vergonha, pois vossas opiniões poderão ajudar-me a melhorar a arte da escrita!!
    Sim, teríamos muito prazer em saber quais são as ideias que te passam pela cabeça… Very Happy

    E não te preocupes com os nossos comentários porque apenas pretendemos ajudar a construir uma narrativa que se aproxime o mais possível da realidade histórica.

    Aqui não somos propriamente peritas em História mas sim curiosas que gostam de conhecer os factos da vida de outros tempos…pelo menos falo por mim…

    Acho que quando se pretende construir uma narrativa com a acção a decorrer noutras épocas devemos fazer um pequeno esforço para lhe conferir alguma credibilidade em termos históricos e se temos alguma informação que pode ajudar porque não partilhá-la?
    É que não podemos simplesmente pegar nos valores e atitudes que caracterizam as sociedades em que vivemos actualmente e transpô-los sem mais para o século XVII porque isso acaba por retirar aquele toque de veracidade ao que se está a escrever…

    Por vezes as observações e comentários que faço vão mais nesse sentido…apenas procuro partilhar e dar a conhecer uma opinião… é claro que ficará ao critério de quem escreve a história decidir se isso lhe serve para alguma coisa ou não…

    Estou com este discurso todo apenas para dizer que não é preciso ter vergonha de nada pois os comentários feitos nunca serão no sentido de rebaixar ou de criticar apenas pelo simples prazer de criticar…


    Além disso, poderás sempre colocar uma nota no inicio da fic a dizer que não estás a seguir a realidade histórica ou que não pretendes comentários que não sejam rasgados elogios… Razz

    Uma outra possibilidade é tratar das coisas duma forma mais privada como a Degen e eu já fizemos noutras ocasiões… Wink
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    Mensagem por degen_aramis Qua Out 20, 2010 1:38 pm

    Olá, e mais uma vez os meus agradecimentos Laughing
    Camilla, nem sabes quanto "chumbo vem para Aramis"...daí esta primeira parte se chamar "DARK ARAMIS"... e fico igualmente feliz por te teres sentido inspirada a postar fic de tua autoria!!! Quantas mais existirem, melhor fica este fórum!!! E subscrevo as restantes respostas: no que for preciso, cá se dará uma mãozinha... Razz

    E agora, para levantar mais um bocadinho do véu da minha fic, aqui vos deixo o segundo capítulo...
    Só uma deixa: Anbel, aqui vem um gostinho da tal "internacionalização" que foi referida antes... Wink

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    Mensagem por degen_aramis Qua Out 20, 2010 1:49 pm

    CAPÍTULO 2: ANIVERSÁRIO DE d’ARTAGNAN

    Um mês depois, em Paris…

    Naquele dia não havia nada que pudesse colocar d’Artagnan maldisposto. Estava um lindo dia em Paris, era como se também o Outono tivesse decidido alegrar o jovem gascão… era o dia do seu 17º aniversário, e depois de terem ultrapassado tantas aventuras em conjunto, iriam festejar finalmente um aniversário em contexto de paz em França… Marthe tinha preparado um repasto digno de um rei, mas atendendo a que Porthos era um dos convidados, nunca seria demasiada a comida na mesa… estavam todos juntos à mesa, em casa do mestre Bonacieux, Jean e a sua mãe Christine também estavam lá, uma vez que moravam na casa vizinha, e pertenciam à família.

    Sim, pertencer à família…este pensamento passara pela mente de Aramis, ao olhar para as pessoas que estavam ali, àquela mesa. Terminada a sua vingança em Belle-Île, terminada a missão na Suíça, e tendo-se já passado alguns meses, ela continuava sem ter dito a verdade a Athos e Porthos, e continuava a ter um insistente sentimento de culpa por não o ter feito. Mas por outro lado, ao estar ali, a observá-los, e a estar integrada entre eles, como sendo um membro da família, Aramis percebera que era mesmo assim. Aquela era a sua família, a sua casa era ali, em Paris, e a sua vida era aquela, como mosqueteira. Voltando com os pensamentos à pequena sala onde se encontrava, sentiu o copo de Athos a bater no seu, ele a sorrir para ela, e a brindar com ela.
    No mesmo instante, Porthos, que não queria ficar atrás em termos de brindes, levantou o seu copo, e bradou “Um por todos e todos por um”, centrando todas as atenções nele. Todos se riram, e brindaram ao mote que os unia. Mas depois do brinde, ele ainda conseguiu ir mais longe, ao dizer:

    “Então jovem amigo, já namoras com a Constance há quase dois anos, não achas que devias formalizar…tu sabes…a união??? Vocês estão na flor da idade, e eu até gostava de ser o “tio Porthos”…HAHAHAHAHAHA!!!” – e deu uma valente pancada nas costas de d’Artagnan, que ofegou, e ficara corado como um tomate, assim como Constance.

    “Porthos, então, olha o que fizeste…agora temos aqui duas maçãs vermelhas à mesa, e ainda não chegámos à altura da sobremesa…” – Aramis dera por sua vez uma forte palmada nas costas de Porthos, ao ter reparado no tom escarlate das faces de d’Artagnan e Constance. Mas, como ela disse isto com um ar muito sério, todos se entreolharam, e a risada que se seguiu foi colectiva.
    D’Artagnan aproveitou por sua vez para erguer o copo, e disse, já menos corado:

    “À amizade!”

    E todos brindaram a esse voto. Depois seguiram-se conversas sobre tudo e sobre nada, e até Athos, sempre muito reservado, nessa noite estava alegre e sorria, inclusive até chegara a contar uma piada. A certa altura, d’Artagnan lembrou-se de puxar Aramis para o lado, e perguntar:

    “Aramis, como tens andado? Está tudo bem contigo? Quando vais partir para a Suíça?”

    Aramis, um pouco surpreendida por estas perguntas, mas sabendo que vinham do fundo do coração da pessoa que tinha aceite a sua feminilidade sem quaisquer oposições e tratando-a como sempre, sorriu, e respondeu:
    “Estou bem d’Artagnan. Estou mesmo bem, meu amigo. Sinto-me como em casa, e junto à minha família. Estou feliz que assim seja. E em relação à Suíça, partirei daqui a duas semanas, e vou estar três semanas fora. Mas vai ser bom estar uns dias com o pai de François…em circunstâncias normais…e não como da outra vez…”

    “Ainda bem que é assim, Aramis… sabes que me preocupo contigo…se calhar mais do que devia…é um defeito…mas devo-te a minha vida…e isso é algo que poderei apenas retribuir assim, até ao dia em que apanhe uma bala por ti… Au!!” – Aramis dera um forte beliscão a d’Artagnan, mas dos lábios ele leu um “Obrigado”, antes de a conversa ser novamente interrompida pela alegria contagiante de Porthos.

    ****

    O que esta alegre ronda de amigos não sabia, é que eram observados pormenorizadamente do lado de fora da janela, por um indivíduo de média estatura, envolvido numa capa preta, com um capuz sobre a cabeça. Munido de um bloco de velinos, tomava notas nas diversas folhas, beneficiando da luz da lanterna acesa mesmo ao seu lado. E tinha aproveitado para estrear um utensílio recentemente adquirido pelo Cardeal, numa rusga a um foragido considerado “bruxo”: uma pena embebida num líquido que ao ser escrito, desaparecia, e seria apenas visível mediante utilização de um suco especial, sob a forma de vapor. Algumas horas depois, era meia-noite, quatro indivíduos juntaram-se a ele, também eles bem camuflados por mantos negros com capuzes. Um deles apertou a mão do indivíduo, e disse:

    “Senhor Gaston, aqui estou, e trouxe os melhores colegas de ofício comigo…Quais são as vossas ordens?”

    “Obrigado, Rashid, sei que nenhum de vós me desapontará. Vejamos então: Marcel, vós seguis o Porthos, que é o matulão. Memorizai tudo o que vires e ouvires nas próximas semanas, nunca vos ireis descolar dele. O que no entanto não deve ser difícil, porque vós podieis ser “irmãos de prato”… Usai isto a vosso favor… a comida e a bebida são os pontos fracos dele, por onde o podeis atrair e agarrar…”

    “Sim senhor, assim junto o útil ao agradável…”

    “Diego, o nosso estrategista militar… vós que sois o mais experiente, seguireis o homem alto de cabelos negros, o “líder” deste grupo. Athos. Tereis que ter extrema cautela, que ele é engenhoso e muito desconfiado… Anda sempre alerta…Bom é ideal para vós…são iguais…”

    “Si, señor. Considere-o feito.”

    “Rashid, bons olhos vos vejam…Como sois o espião mais ágil e gracioso de vós os quatro, ides ficar com a jóia do grupo – Aramis. O belo mosqueteiro loiro…a vossa tarefa é muito importante, é vital para todo o plano. Mas não preciso de estar a dar conselhos a um profissional exímio como vós… Eheheheheh… E daqui a duas semanas, partireis rumo à Suíça, seguindo todos os passos que ele fizer…”

    “Será uma honra e um prazer, Monsieur.”

    “Giuseppe, para vós escolhido também a condizer, o benjamim do grupo, o jovem aniversariante…d’Artagnan. Gascão de origem, jovial, despreocupado, apaixonado ali pela aia da rainha Ana… Mas é muito esperto, bom espadachim, e cuidado com o cavalo dele…é como um guarda-costas. Mas nada que seja um problema para um dos melhores espiões italianos…”

    “Grazie, Monsieur, não se arrependerá de me ter contratado.”

    “Eu, da minha parte, ficarei de olho no capitão e na parte “administrativa”…Et voilá…eles são mesmo previsíveis…vão sair, atenção homens, podeis iniciar imediatamente as observações…segui-os, e descobrireis as suas casas…com excepção de d’Artagnan, claro… Fazeis os vossos relatórios semanalmente, no local do costume, e na hora combinada… Excepto vós, Rashid, enquanto ides de viagem… fazeis o vosso relatório quando regressares…mas comunicai por carta, caso considereis necessário.”

    “Sim, senhor!” – foi a resposta simultânea de quatro bocas, que imediatamente desapareceram na escuridão, cada um atrás do seu alvo (exceptuando Giuseppe, que ficara bem instalado nas traseiras da casa, afi de travar conhecimento com o cavalo de cor estranha, suposto "guarda-costas" de d'Artagnan…)



    Breve nota da autora: pode ser que em termos de idade, eu tenha aqui adulterado um pouco a verdade... mas era no bom sentido... porque podem não ter passado bem dois anos desde que d'Artagnan chegou com 15 a Paris....mas pronto..dava-me jeito... e optei por esta pequena "trafulhice"... e este dia foi baseado no original, de acordo com os livretes, d'Artagnan fazia anos a 17 de Outubro. Daí estarmos no Outono.
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Athos de La Fère Qui Out 21, 2010 4:19 am

    Gente... uma viagem para a Suíça? Interessante!! Posso ir também????
    hahahaha Brincadeira!! Ela vai sozinha Degeeeen!!!

    E agora que os nossos quatro amigos estão sendo vigiados.. um a um.... e o Athos... estou preocupada com o Athos.. e se ele perceber, reagir e for abatido????? E agoooora?!?!

    Os inimigos estão super organizados!! Parece que vem uma vingança pesada!!!

    Degen, que legal que quando escreves já tens na cabeça boa parte daquilo que concebeu para sua fic... pelo menos a idéia do começo, meio e fim...

    Na minha estou deixando-me levar pelo vento... quero ver onde vou chegar... Smile

    Continue Degen, está muito legal!!! Smile
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Anbel Qui Out 21, 2010 8:40 am

    Olá Degen…

    Estive a ler este novo capítulo e apesar de me parecer interessante há aqui coisas que me começam a deixar um bocadinho desconcertada e bastante baralhada…


    Para começar sinto-me um bocadinho perdida em termos cronológicos quando tento fazer a ligação com o que está para trás…

    O Prólogo tem a acção a decorrer no momento em que as forças reais vencem os vilões em Belle-Isle…

    O primeiro capítulo também está a decorrer na mesma altura? É que o título é “Há seis meses…” mas a acção parece ser a continuação do prólogo porque assistimos á recuperação de Durand depois de ter sido ferido em Belle-Isle…

    No segundo capítulo começa por se dizer que passou um mês mas não consigo perceber muito bem qual é a contagem que está a ser feita porque é referido mais á frente a vingança de Aramis em Belle-Isle, a missão na Suiça e a passagem de alguns meses em relação a essa mesma missão…portanto quando é que começa a contar este mês que é referido no princípio?

    Estou mesmo a perder-me em termos cronológicos… Neutral Será possível haver alguns esclarecimentos nesta área?


    Quanto ao capítulo em si até percebo qual é a tua ideia mas há coisas que me fazem pensar um pouco e que me levam a pôr em prática estes meus dotes de “crítica-mor”…



    Então lá vai…

    Para começar a referência ao “contexto de paz em França”… Shocked
    Por aquilo que conheço da história francesa desta época específica acho um bocadinho difícil falar-se em paz quando a guerra era praticamente o assunto do dia…mas também não será por aí que haverá problema. Eles estão a festejar o aniversário em Paris e a guerra trava-se noutros locais bem distantes da capital pelo que até se pode dizer que pelo menos ali há paz…


    Estou a ver que nesta história temos presente a mãe de Jean mas posso perguntar porque é que lhe mudaste o nome? Na série ela é referida como Catherine, se bem me recordo…há algum motivo especial para lhe chamares Chistine?


    A festa de aniversário em si até nem está mal mas há algum motivo específico para se referir a idade concreta de D’Artagnan nos 17 anos? É que como existe uma nota da autora fiquei com a sensação de que isso pode ser de alguma forma importante para a história em si…


    Será que ficas muito zangada se eu disser que acho piada á forma como estes espiões actuam? Razz
    É que quando vejo o tal indivíduo de média estatura, envolvido numa capa preta, com um capuz sobre a cabeça a tomar notas utilizando a tal luz da lanterna acesa mesmo ao seu lado só posso tentar imaginar como é que ele consegue fazer isso sem que ninguém em casa se aperceba de tal situação…a festa deve ser mesmo de arromba!!!

    Já para não falar da pequena reunião de espiões do lado de fora da casa…eu pensava que os “profissionais da espionagem” já teriam definido previamente quais seriam as suas missões, mas pelos vistos deixam tudo para o último minuto…é como digo antes, a festa deve ser mesmo espectacular para que ninguém se aperceba desta pequena reunião que decorre do lado de fora da janela…

    Só espero que sejam mais eficazes no exercício das suas missões!!! Razz

    Mas vá lá, parece que se entendem bem apesar de serem de diferentes nacionalidades…é que seria muito confuso se estivessem ali com problemas linguísticos…


    Imagino Degen que não era isto que querias ler mas não pude deixar de ter estes pensamentos quando vi o capítulo…Ao contrário da Camilla que considera que estes inimigos estão bem organizados eu até os achei um bocadinho cómicos e não muito bem preparados…

    Só espero que no decorrer das suas missões eles sejam mais profissionais…desculpa mas para já estes senhores ainda não me convenceram muito…

    Esperemos que de futuro isto se altere…

    Por favor não te aborreças com o que vou dizendo…já sabes como funciono…”censureira-mor”, como tu me chamas… lol!

    Posso sempre parar de me pronunciar sobre o que leio…se for essa a tua vontade, basta pedires… Rolling Eyes
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    Mensagem por Athos de La Fère Qui Out 21, 2010 9:02 am

    lol!

    Anbel, de fato, agora que mencionaste... realmente pode parecer cômico um vilão anotando tudo escondido do lado de fora da casa, pela janela e com os outros espiões lá fora organizando os próximos passos. Teriam sido descobertos pelo faro do Athos e pelos demais, afinal não são mosqueteiros à toa. Engraçado eu até achei, mas não cheguei a pensar que não eram profissionais... mas apenas que talvez fossem tão bons que conseguiam fazer as coisas sem serem percebidos.

    Razz De repente! Smile

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    Mensagem por degen_aramis Qui Out 21, 2010 5:01 pm

    Olá, e atendendo a que estou a suscitar algumas "dúvidas", vou tentar esclarecer algumas delas, e para não ser confuso, vou seguir a ordem colocada.

    1- Em relação à cronologia, a minha ideia é que o prólogo e os dois capítulos iniciais se passam num passado, não demasiado distante, seguindo a cronologia do anime e do OVA... O prólogo logo após Belle-Île, em 1625. O primeiro foi colocado seis meses depois disso, para dar tempo à recuperação de Durand, e para terem acontecido os eventos do OVA, na Suíça (que eu assumo que tenham sido mesmo após Bele-Île, uma vez que Aramis aparecera junto do cemitério, e revira o pai de François). O segundo é um mês depois, no aniversário de d'Artagnan, em 17 de outubro portanto ainda estaremos em 1625... e a minha trama restante da fic desenrola-se no "hoje", que será então na primavera de 1626, como verão nos capítulos seguintes. Este tempo passado tem uma funcionalidade, para a já aparecida em cena Madam poder planear a sua intriga. Espero que tenha ajudado???? Wink

    2- Sim, o contexto de paz é mesmo apenas para ser visto como paz/pacífico em Paris, entre eles, não pretendo ir na direcção do contexto histórico envolvente, bem sei que estava a decorrer a guerra dos 30 anos, entre outras...

    3- O nome da mãe do Jean, foi apenas por gosto pessoal que o mudei...só isso... também porque apenas vai aparecer esta única vez...

    4- Em relação aos espiões, aqui tenho que defender o que tinha pensado...lol... a cena é para ser vista do ponto que os nossos mosqueteiros não estão ali reunidos a pensar que podem estar a ser espiados...ou que estão em perigo... eles estão numa roda informal de amizade pura, a festejar o aniversário do benjamim - e Gaston é tão cauteloso que nunca seria visto... usei apenas a luz da lanterna para mostrar que ele está ali a cumprir a sua função de forma impugnável... Claro que se algum dos nossos mosqueteiros soubesse o que estava ali a ser planeado, agiria, e claro que o
    "faro de Athos" o descobriria. Mas como eles estão descontraídos, descansados, não sabem nem suspeitam do que se passa no exterior. Portanto, sim, Anbel, podemos afirmar que estavam a ter uma muito boa festa...totalmete "relax" Laughing

    5- Em relação aos espiões, a intenção é mesmo esta cena ser uma espécie de "briefing", porque se se recordam, no capitulo anterior, um mês antes deste, Madam havia enviado as ordens para Gaston - e foi o tempo que foi preciso para este se organizar, arranjar os 3 espiões adequados aos perfis (já que já conhecia Rashid), e então nesta noite, como os amigos estavam todos reunidos, aproveitar para dar estas indicações. Portanto, o serviço destes espiões vai ser profissionalmente desenvolvido, obviamente sem que nenhum dos alvos saiba disso!!! Aqui, tenho que usar as palavras da Camilla "talvez fossem tão bons que conseguiam fazer as coisas sem serem percebidos." Mas Anbel, concordo que obviamente a descrição do indivíduo envolto na capa e a tomar notas pode ser interpretada assim... no offense taken...

    6- Em relação ao referir o 17ºaniversário - bom, não tem mesmo nenhuma importância além de ser apenas um que eles passam no já referido "contexto de paz em Paris" - contexto pacífico, se preferirem usar esta palavra, é o que pretendo transmitir. Bem sei que a nível de anos pode haver aqui alguma incongruência...mas "dava-me jeito", e por isso fiz a minha fic assim... e julgo não ser muito grave...é como o que o senhor Dumas também fez: certos factos e datas também foram adulteradas para o seu interesse....eu socorro-me desta pequena "má utilização"... Razz

    E pronto, espero que agora estejam os pormenores mais claros???

    Portanto, e só para terminar, o próximo capítulo vai decorrer "hoje" - logo, na Primavera de 1626, em finais de Março, fazendo assim os tais meses de diferença em relação ao aniversário de d'Artagnan.
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Lyrrinne Sex Out 22, 2010 5:22 pm

    Dagen o OVA passa-se um ano depois de Belle Ille... Razz
    cheers viva o poder dos super espions! :p ihihihhihihi!
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    Mensagem por Athos de La Fère Sex Out 22, 2010 6:11 pm

    Ai ai ai ui ui!!! Smile
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    Mensagem por Anbel Sex Out 22, 2010 6:30 pm

    Camilla Nunes escreveu:

    lol!
    Anbel, de fato, agora que mencionaste... realmente pode parecer cômico um vilão anotando tudo escondido do lado de fora da casa, pela janela e com os outros espiões lá fora organizando os próximos passos. Teriam sido descobertos pelo faro do Athos e pelos demais, afinal não são mosqueteiros à toa. Engraçado eu até achei, mas não cheguei a pensar que não eram profissionais... mas apenas que talvez fossem tão bons que conseguiam fazer as coisas sem serem percebidos.

    Razz De repente! Smile
    Tenho que confessar que sempre que leio uma história a primeira coisa que faço é imaginar na minha mente toda a cena que está a ser descrita, quase como se fosse um filme…não sei se as outras pessoas fazem isso ou não mas é assim que eu me comporto nas minha leituras…

    Quando vi esta personagem do lado de fora da janela não pude deixar de construir a imagem na minha cabeça…alguém numa cidade do século XVII a tentar esconder-se embrulhando-se completamente numa capa enquanto está ao mesmo tempo a tirar apontamentos e supostamente a segurar uma lanterna…sim porque na altura Paris ainda não tinha um sistema de iluminação pública o que significa que este senhor espião teria de levar a sua própria luz…acho que seria um bocadinho complicado gerir tanta coisa em simultâneo… Razz

    Quanto á tal reunião de espiões á porta da casa de Mestre Bonacieux também me pareceu um bocadinho contrário ao que penso ser o modo de actuar dentro desta profissão…é que eles juntam-se á meia-noite do lado de fora do sítio onde se encontram as pessoas que querem espiar para discutirem como é que irão fazer o serviço… Shocked

    O que se pode dizer é que têm muita sorte por não serem logo apanhados uma vez que os nossos amigos mosqueteiros saem praticamente na mesma altura em que eles acabam de definir o que irão fazer…isto é o que se pode chamar de excelente sentido de oportunidade já para não falar do factor sorte… Razz

    Foi isso que me chamou a atenção e que não quis deixar de partilhar aqui…



    Degen_Aramis escreveu:
    Olá, e atendendo a que estou a suscitar algumas "dúvidas", vou tentar esclarecer algumas delas, e para não ser confuso, vou seguir a ordem colocada.
    Agradeço a disponibilidade demonstrada para esclarecer estas dúvidas Very Happy …é essencial que isto fique elucidado desde o princípio para que se possa perceber bem qual é afinal o enredo da história.


    Degen_Aramis escreveu:
    1- Em relação à cronologia, a minha ideia é que o prólogo e os dois capítulos iniciais se passam num passado, não demasiado distante, seguindo a cronologia do anime e do OVA... O prólogo logo após Belle-Île, em 1625. O primeiro foi colocado seis meses depois disso, para dar tempo à recuperação de Durand, e para terem acontecido os eventos do OVA, na Suíça (que eu assumo que tenham sido mesmo após Bele-Île, uma vez que Aramis aparecera junto do cemitério, e revira o pai de François). O segundo é um mês depois, no aniversário de d'Artagnan, em 17 de outubro portanto ainda estaremos em 1625... e a minha trama restante da fic desenrola-se no "hoje", que será então na primavera de 1626, como verão nos capítulos seguintes. Este tempo passado tem uma funcionalidade, para a já aparecida em cena Madam poder planear a sua intriga. Espero que tenha ajudado???? Wink

    Para responder á pergunta vou ter que dizer que esta resposta não me esclareceu por completo e vou explicar porquê:
    Concordamos então que a acção da série tem o seu início em 1625…até aqui não há problemas…

    Vou então pegar na cronologia que apresentas e fazer as minhas contas…
    O 2º capítulo decorre no dia 17 de Outubro de 1625, um mês depois dos acontecimentos relatados no 1º capítulo que terá então a sua acção a decorrer em Setembro de 1625. Significa então que a tal recuperação de Durand demora seis meses, o que nos vai levar ao mês de Março de 1625 como a altura em que se dá o ataque á fortaleza de Belle-Isle…

    Quer dizer que encaixas toda a acção da série num período de três meses? E isto partindo do princípio que D’Artagnan chega a Paris mesmo no início do ano de 1625…

    Quer dizer que no espaço de três meses, temos a visita do Duque de Buckingham a Paris, a ida de D’Artagnan a Inglaterra e toda a intriga do Máscara de Ferro?

    Sinceramente acho muito especialmente tendo em conta que no episódio 32 da série a acção tem um avanço de seis meses…

    Estou a entender que queiras encaixar tudo no espaço de dez meses mas na minha perspectiva acho muito mesmo…os 52 episódios da série e o próprio filme? Para mim é querer juntar muito as coisas porque não acredito que toda aquela acção possa ser condensada em três meses…para além do facto da própria série referir um espaçamento de seis meses entre as duas intrigas principais…e o facto do filme decorrer um ano depois do final da série…


    Mas nos próprios capítulos que escreves há aqui outras coisas que me suscitam dúvidas cronológicas…
    Se o 1º capítulo decorre meses meses depois de Belle-Isle porque é que se chama “Há seis meses”? É que para mim isto só faz sentido quando nos posicionamos meses meses depois, mas na altura em que estamos a ler o capítulo propriamente dito sem termos em conta o que vem a seguir, não será muito lógico estarmos a ler um título que nos remete para o passado quando afinal já se está lá mais para a frente….será que me faço entender? Rolling Eyes

    Possivelmente é difícil mas é o que me está a parecer depois de ler todas estas voltas cronológicas…


    E já agora faço outra pergunta em relação á recuperação de Durand…é-nos dito no 1º capítulo que ele está inconsciente durante duas semanas depois de Belle-Isle…então o que é que lhe aconteceu no restante tempo até se chegar aos tais seis meses depois (que neste caso serão mais cinco meses e duas semanas)?…O que é que Durand faz durante esse tempo?


    Outra coisa que também me confunde é esta frase do Porthos no 2º capítulo “Então jovem amigo, já namoras com a Constance há quase dois anos, não achas que devias formalizar…tu sabes…a união???

    Se estamos no dia 17 de Outubro de 1625 e se dizes que a acção da série começa em 1625 com a chegada de D’Artagnan a Paris como é que eles já namoram “há quase dois anos”??? Shocked

    È que isto iria pressupor que D’Artagnan afinal está na capital desde 1623 ou princípio de 1624?

    É que estes são pormenores que me estão a baralhar bastante…e muito…

    E acredito que nesta altura já estejas com vontade de me trespassar com a tua “degen” mas vamos continuar mais um pouco está bem?

    É que ainda há aqui mais uns pontos que precisam de ser esclarecidos…


    Degen_Aramis escreveu:
    2- Sim, o contexto de paz é mesmo apenas para ser visto como paz/pacífico em Paris, entre eles, não pretendo ir na direcção do contexto histórico envolvente, bem sei que estava a decorrer a guerra dos 30 anos, entre outras...
    Se a tua ideia era mesmo referir o que se passa em Paris porque é que mencionas a França?
    É que falar de contexto de paz em França nesta altura é bastante complicado…e não me estou a referir á Guerra dos Trinta Anos, estou a falar de coisas que estavam mesmo a acontecer em território francês…


    Degen_Aramis esceveu:
    3- O nome da mãe do Jean, foi apenas por gosto pessoal que o mudei...só isso... também porque apenas vai aparecer esta única vez...
    Nesse caso teria sido aconselhável colocar uma pequena nota no texto a referir essa alteração. É que quando comecei a ler o capítulo e vi o Jean ao pé da sua mãe Christine estranhei um pouco porque na série ele passava a vida a dizer que ela se chamava Catherine…mas também não nos podemos esquecer que ele tinha a mania que ela era loura e afinal acabou por aparecer uma morena…se ele não sabia como é que ela era fisicamente também podia estar confuso com o nome o que explicaria a enorme dificuldade para a encontrar…

    Afinal procurava uma Catherine loura quando afinal devia andar atrás duma morena chamada Christine… Razz

    Mas nestes casos deve-se fazer então uma pequena anotação a dizer que a autora decide fazer uma modificação em relação àquilo que é mencionado na série porque evita estas confusões e até é simpático para quem está a ler.


    Degen_Aramis escreveu:
    4- Em relação aos espiões, aqui tenho que defender o que tinha pensado...lol... a cena é para ser vista do ponto que os nossos mosqueteiros não estão ali reunidos a pensar que podem estar a ser espiados...ou que estão em perigo... eles estão numa roda informal de amizade pura, a festejar o aniversário do benjamim - e Gaston é tão cauteloso que nunca seria visto... usei apenas a luz da lanterna para mostrar que ele está ali a cumprir a sua função de forma impugnável... Claro que se algum dos nossos mosqueteiros soubesse o que estava ali a ser planeado, agiria, e claro que o
    "faro de Athos" o descobriria. Mas como eles estão descontraídos, descansados, não sabem nem suspeitam do que se passa no exterior. Portanto, sim, Anbel, podemos afirmar que estavam a ter uma muito boa festa...totalmete "relax" Laughing
    Eu não tenho problemas em relação ao que se passa dentro da festa…aliás neste aspecto até nem tenho nenhuma observação a fazer…
    O que me chama a atenção é ter o grupo de espiões do lado de fora a comportarem-se como se fosse a primeira vez que se encontram…

    Passemos então a exemplos práticos ás próprias frases que eles dizem:

    “Senhor Gaston, aqui estou, e trouxe os melhores colegas de ofício comigo…Quais são as vossas ordens?”

    Para mim eles ainda não sabem o que têm de fazer…

    "Vejamos então: Marcel, vós seguis o Porthos, que é o matulão. Memorizai tudo o que vires e ouvires nas próximas semanas, nunca vos ireis descolar dele. O que no entanto não deve ser difícil, porque vós podieis ser “irmãos de prato”… Usai isto a vosso favor… a comida e a bebida são os pontos fracos dele, por onde o podeis atrair e agarrar…”

    “Diego, o nosso estrategista militar… vós que sois o mais experiente, seguireis o homem alto de cabelos negros, o “líder” deste grupo. Athos. Tereis que ter extrema cautela, que ele é engenhoso e muito desconfiado… Anda sempre alerta…Bom é ideal para vós…são iguais…”

    “Rashid, bons olhos vos vejam…Como sois o espião mais ágil e gracioso de vós os quatro, ides ficar com a jóia do grupo – Aramis. O belo mosqueteiro loiro…a vossa tarefa é muito importante, é vital para todo o plano. Mas não preciso de estar a dar conselhos a um profissional exímio como vós… Eheheheheh… E daqui a duas semanas, partireis rumo à Suíça, seguindo todos os passos que ele fizer…”

    “Giuseppe, para vós escolhido também a condizer, o benjamim do grupo, o jovem aniversariante…d’Artagnan. Gascão de origem, jovial, despreocupado, apaixonado ali pela aia da rainha Ana… Mas é muito esperto, bom espadachim, e cuidado com o cavalo dele…é como um guarda-costas. Mas nada que seja um problema para um dos melhores espiões italianos…”

    Fico com a sensação de que as tarefas estão a ser atribuídas neste momento…e que para espiões até falam bastante…


    Degen_Aramis escreveu:
    5- Em relação aos espiões, a intenção é mesmo esta cena ser uma espécie de "briefing", porque se se recordam, no capitulo anterior, um mês antes deste, Madam havia enviado as ordens para Gaston - e foi o tempo que foi preciso para este se organizar, arranjar os 3 espiões adequados aos perfis (já que já conhecia Rashid), e então nesta noite, como os amigos estavam todos reunidos, aproveitar para dar estas indicações. Portanto, o serviço destes espiões vai ser profissionalmente desenvolvido, obviamente sem que nenhum dos alvos saiba disso!!! Aqui, tenho que usar as palavras da Camilla "talvez fossem tão bons que conseguiam fazer as coisas sem serem percebidos." Mas Anbel, concordo que obviamente a descrição do indivíduo envolto na capa e a tomar notas pode ser interpretada assim... no offense taken...
    Isto é um “briefing”? Shocked

    Realmente no capítulo anterior temos a tal Madam, que só espero que não seja a vilã do costume, a dar as suas ordens…e o Gaston com algum tempo (um mês) para se preparar…

    Mas então aproveito para fazer uma pergunta…se o Gaston teve tempo para se organizar porque é que não transmitiu antes as ordens aos vários espiões? Ou será que o fez mas eles fizeram algum tipo de confusão por causa das diferenças linguísticas?

    É que temos ali cinco indivíduos (Gaston, Rashid, Marcel, Diego e Giuseppe) a falarem demasiado para a tarefa que querem executar!!! Eles são espiões o que significa que devem ser discretos…como é que é possível estarem do lado de fora da casa onde se encontram as pessoas que querem espiar a falar tanto? Eles deviam chegar ali com pleno conhecimento sobre as tarefas que devem desempenhar e serem extremamente discretos…é que estou a imaginá-los a dizer “Sim, senhor!” em simultâneo…e não se ouve nada??? Shocked


    Sei que a tua ideia é colocar aqui espiões que sejam os melhores nas suas profissões mas neste momento só consigo ter deles uma visão algo cómica…e muito pouco profissional…a sério…e digo uma coisa…se precisasse de algum serviço de espionagem não contratava nenhum deles…

    Nem pensar…é que ainda não me conseguiram convencer… Evil or Very Mad
    E espero mesmo que a frase que a Camilla usa faça mesmo sentido…”que são tão bons espiões que conseguem fazer as coisas sem serem percebidos”.


    E já agora outra pergunta…porque é que eles começam a desempenhar esta missão á meia-noite? Não fará mais sentido começarem no dia seguinte?
    Podes argumentar que o fazem para descobrir as moradas mas esta informação também não é assim tão difícil de obter para que eles tenham que os seguir a meio da noite…e com certeza também não devem estar á espera de descobrir grandes segredos nesta altura!!!

    E já agora outra questão…o tal Giuseppe fica para trás “bem instalado nas traseiras da casa a fim de travar conhecimento com o cavalo de cor estranha”…não é por nada mas que raio de conhecimento é que ele travar com o cavalo? É que isto não me soa nada bem especialmente tendo em conta que tudo isto na passa na escuridão da noite…muito suspeito mesmo… Cool

    Peço desculpa mas é que esta cena parece-me muito pouco própria… Razz


    Degen_Aramis escreveu:
    6- Em relação ao referir o 17ºaniversário - bom, não tem mesmo nenhuma importância além de ser apenas um que eles passam no já referido "contexto de paz em Paris" - contexto pacífico, se preferirem usar esta palavra, é o que pretendo transmitir. Bem sei que a nível de anos pode haver aqui alguma incongruência...mas "dava-me jeito", e por isso fiz a minha fic assim... e julgo não ser muito grave...é como o que o senhor Dumas também fez: certos factos e datas também foram adulteradas para o seu interesse....eu socorro-me desta pequena "má utilização"... Razz
    Não me parece que valha a pena estarmos aqui a discutir muito o ambiente em que se comemora o aniversário…fiz esta observação porque quando dizes que a França está finalmente em paz dá a sensação que todos os problemas estão resolvidos e que é tudo um “mar de rosas” quando até nem estão assim tão longe como isso…
    E mesmo a alteração para “contexto de paz em Paris” também não será a mais adequada na minha perspectiva porque fico com a sensação de que o quotidiano parisiense é semelhante a uma selva com um ambiente pós-apocalíptico…mas não vale a pena estarmos a perder muito tempo com isto porque me parece que o aniversário de D’Artagnan não será assim tão relevante para o que vem a seguir…


    Degen, como já disse antes em várias ocasiões não tenho problemas nenhuns em mudar acontecimentos ou até alterar a realidade mas acho nestes casos é conveniente fazer uma anotação para que quem lê saiba com o que pode contar…um bocadinho á semelhança do que acontecia na série quando o narrador nos chamava a atenção para o facto de estarmos a assistir a uma adaptação muito liberal do livro.


    E concentrando-nos na obra original concordo inteiramente quando dizes que o senhor Dumas também alterou a realidade para melhor condizer com as ideias que tinha mas o mérito que lhe atribuo é o facto de se ter mantido coerente.
    É que tudo pode ser modificado ou adulterado, como tu dizes se isso for do interesse do autor mas é sempre importante que aquilo que se descreve seja credível e isso foi algo que Dumas conseguiu. Quando pego na obra dele e a leio sinto que os acontecimentos que ele descreve poderiam mesmo ter acontecido daquela maneira mas isso é algo que não consigo sentir nesta fic da tua autoria porque como já disse antes há vários aspectos cronológicos que não me parecem nada claros e principalmente credíveis…

    Será que me fiz entender? Rolling Eyes

    Sou adepta da imaginação com sentido e coerente (penso já o ter demonstrado com algumas das ideias que te apresentei a propósito da fic “As coisas mudam” já para não falar daquela sugestão relacionada com aquele senhor malandreco que acabava por ter uma vida dupla) e pura e simplesmente não consigo aceitar a justificação que se alteram os acontecimentos apenas porque isso “dá jeito” ao autor e ”porque Dumas já o fez”!


    Sim senhora, imaginação sempre, mas com sentido… lol!


    Degen_Aramis escreveu:
    E pronto, espero que agora estejam os pormenores mais claros???
    Bem, a resposta está no longo texto que se encontra em cima…

    Será que posso perguntar qual é a tua vontade de me matar? Muito grande…assim assim ou esta está completamente feita se aparecer á minha frente?


    lol! wahwah Blood lol!

    É que imagino que neste momento seja mesmo muita mas gostava que pensasses nalgumas das coisas que eu disse em cima.

    Reflecte um pouco sobre isso e dá-me a tua opinião…
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Lyrrinne Sáb Out 23, 2010 2:59 am

    E é neste momento que Natalia afia a sua espada LOL... tonto
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Athos de La Fère Sáb Out 23, 2010 6:47 am

    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny 759991 Ai gente,... são tantas emoções nestas fics... Smile Estou achando o máximo... e as observações da Anbel são sempre muito profissionais... hehehe
    mas as histórias da Degen são muito envolventes... então... cadê os novos capítulos.. D. Lyrrinne, a senhora também nos deve capítulos...
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por degen_aramis Sáb Out 23, 2010 4:59 pm

    Hello!!!
    Para manter as coisas mais curtinhas, cá vai:
    Lyrinne, a espada não vai ser afiada...já estava afiada Wink E obrigado pelo esclarecimento temporal do OVA!!
    Athos de la Fere, obrigado mais uma vez pelas tuas palavras de elogio e motivação...segue o próximo capítulo já abaixo!!

    Moderadora Anbel: como sempre, profissional... e apenas vou responder algo curto, e conciso, mas que resume a minha opinião: comentários aceites e registados, e degen_aramis afirma "ninguém é perfeito", e pequenas interpretações pessoais em fics pessoais são sempre permitidas - o prazer de escrever está acima do excesso de rigor, ok? Razz E é em primeira linha isso que me guia...e também sou perfeccionista, e faço pesquisa antes de escrever... e se houve alguns solavancos em termos do tempo, paciência...ultrapassam-se, certo???

    E sem mais demoras, o capítulo seguinte:

    CAPÍTULO 3: HOJE – REUNIÃO EM BOURG-LA-REINE

    Neste final do mês de Março, em Bourg-la-Reine, uma mansão sumptuosa estava iluminada pelo esplêndido sol de primavera, e uma carruagem parava defronte da entrada principal. Um homem de estatura média, trajando um luxuoso gibão de veludo vermelho-escuro, com calças e chapéu a condizer, e elegantes botas pretas, saiu da carruagem, entrando na mansão onde já era esperado.
    Com o seu andar silencioso, entrara na mansão, e fora anunciado pelo criado que também já o conhecia, aos presentes no grande salão:

    “Monsieur Gaston, senhor.” – e voltou a sair.

    Sentada num grande cadeirão junto à janela principal, estava uma silhueta de um jovem homem, trajando um gibão negro e calças a condizer, tendo uma máscara defronte da cara, e sendo todo ele envolvido por uma toga negra com capuz. Ao seu lado, em pé, estava um homem alto, envergando o mesmo tipo de toga com capuz, mas sem máscara. Gaston conhecia estes interlocutores apenas pela troca de correspondência, e tinha sido informado que o jovem homem sentado no cadeirão sofrera um atentado há algumas semanas, pelo que ainda não tinha recuperado a capacidade de falar, e como tal, era a sua mão direita que falava por ele. Um pouco afastados deste cadeirão, de pé, encontravam-se os quatro espiões contratados por Gaston, que tinham vindo fazer os seus relatórios finais sobre os seus alvos. O homem alto dirigiu-lhes a palavra, após o jovem sentado lhe ter murmurado algo ao ouvido:

    “Meus senhores, o meu amo diz que está profundamente satisfeito com as vossas informações, que prestaram um excelente serviço, e que dentro em breve serão novamente contactados. Os vossos pagamentos encontram-se ali, em cima da mesa, e incluem um pequeno extra para recompensar a vossa lealdade e silêncio. Podeis partir, e agradecemos os vossos serviços.”

    “Até breve, ao vosso dispor. Com vossas licenças, senhores, Monsieur Gaston…” – os quatro homens fizeram uma vénia, pegaram nos volumosos sacos que estavam em cima da mesa e saíram.

    “Gaston, finalmente nos conhecemos pessoalmente. Estou deveras satisfeito, e poderei avançar já com os meus planos. Mandei-vos chamar, porque apenas me faltam os últimos pormenores da vossa parte da observação – como estão escalados os mosqueteiros nos próximos dias?” – o jovem homem falara numa voz bastante rouca e baixa, e levantara-se do cadeirão.

    Gaston, surpreendido por ser abordado por quem supostamente não falava, mas sendo um homem que não fazia perguntas a quem lhe pagava bem, rapidamente retirou do seu gibão um velino, onde estavam anotados os detalhes solicitados. O jovem aproximou-se, pegou no documento, leu-o, riu-se triunfalmente, e disse:

    “Isto é simplesmente perfeito! Melhor não podia ser…Ninguém irá suspeitar de nada… Ahmed, vê!” – o jovem estendera o velino ao homem, que, depois de o ler, riu igualmente:

    “Sim, é perfeito…e pouparemos tempo e recursos…”

    “Gaston, sois de facto um aliado precioso… Dizei-me, o que sentis pelos mosqueteiros?” – o jovem voltara a dirigir-se a Gaston.

    “Apenas desprezo e ódio, Monsieur… aquele capitão…bom, digamos que ele e o seu melhor homem, Athos, são um espinho na minha bota… constante…”

    “Compreendo… e Aramis? O que pensais sobre Aramis? Aquele belo jovem loiro de olhos azuis…qualquer mulher o desejará…”

    “Aramis…bom, Aramis é um caso diferente, Monsieur… Há mais neste mosqueteiro do que se vê à primeira vista… é… especial…”

    *****************
    Flashback,
    Algumas semanas antes, no quarto da sua mansão, Gaston conversa com Durand sobre os mosqueteiros, em especial sobre Aramis, que matou Mansonne.

    Durand: “Com que então foi aquele loiro que deu a estocada final em Mansonne… bom, isso só atesta a fraqueza dele…nenhum bom espadachim e soldado se teria deixado vencer por aquela pessoa franzina…”

    Gaston, surpreso pela insinuação: “Durand, achais que Aramis é apenas uma pessoa franzina? É que parece-me que é bem mais do que isso…atendendo às suas outras características…Serei franco convosco, uma vez que ambos estamos ao serviço do Marquês… e penso que sei um pequeno segredo…depois das minhas investigações nestes meses… penso que Aramis é …”

    “Uma mulher?? Meu caro Gaston, então estamos de acordo…” – Durand cortara a palavra a Gaston, lançando-lhe um olhar malicioso e repleto de ódio.

    “Mas…como sabíeis?? Como chegastes a essa conclusão? Nunca estivestes em contacto directo com ela… e quem lutou com ela foi Mansonne…e vós estáveis inconsciente em Belle-Île, na altura em que ele foi morto…Como?”

    “Simples, meu caro Gaston…eu conheço-a do meu passado, e ela é a noiva que deixou o marquês exposto ao ridículo há sete nos atrás… ela é Renèe d’Herblay…”

    Fim de Fashback
    ***********************

    “Gaston, estais a ouvir-me? Dizeis então que Aramis é especial… estou a ver…” – a voz do jovem tinha terminado a lembrança de Gaston, que se encontrava novamente a falar com ele, no salão da mansão.

    “Desculpai, Monsieur, estava perdido em recordações por um instante…Sim, é especial, sem dúvida…”

    “Gaston, pelo que já vi sois um homem de palavra e princípios, portanto irei ser directo convosco…Já vos mostrastes digno da minha confiança, e por isso, peço-vos, lede esta carta, por favor. E depois já não haverá necessidade de me ocultares certos……. pormenores…. Que eu já conheço!”

    Com os dedos a tremer ligeiramente, Gaston pegou na carta que lhe era entregue, desdobrou-a, e leu-a. Após terminar a leitura, engoliu duas vezes em seco, limpou o suor que se tinha formado na sua testa, devolveu-a ao jovem, e disse:

    “Mas, então, vós sabeis que…”
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Athos de La Fère Dom Out 24, 2010 11:48 am

    Olha o gostinho de quero mais que ficou Degen...
    Tá ficando cada vez mais interessante... você constrói muito bem estas histórias com conspirações.. entra no espírito mesmo.. esta vai ser a minha dificuldade a partir de agora na Fic sem título... preciso caprichar no enredo, pra explicar a história da carta... não tô indo muito bem nisso... e ainda mais agora que me distraí com essa fic de tempos modernos... hehehe
    Parabéns... que venham novos capítulos.. depressinha!! heheheh Uhuuu!


    cheers
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    fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny Empty Re: fanfic da Degen_Aramis: Changing Seasons - Crossroads of destiny

    Mensagem por Anbel Seg Out 25, 2010 1:40 pm

    Lyrrinne escreveu:
    E é neste momento que Natalia afia a sua espada LOL... tonto
    Podes ter a certeza…a espada está mesmo afiada!!! E muito… Shocked


    Camilla Nunes escreveu:
    Loveee Ai gente,... são tantas emoções nestas fics... Smile Estou achando o máximo... e as observações da Anbel são sempre muito profissionais... hehehe
    Obrigada pela tua simpatia Camilla Very Happy …Tento sempre ajudar quando faço estas minhas observações…pode ser que sirvam para alguma coisa.


    Degen_Aramis escreveu:
    Lyrinne, a espada não vai ser afiada...já estava afiada Wink

    Posso confirmar isso…a espada estava mesmo muito afiada!!! E de que maneira… Shocked


    Degen_Aramis escreveu:
    Moderadora Anbel: como sempre, profissional... e apenas vou responder algo curto, e conciso, mas que resume a minha opinião: comentários aceites e registados, e degen_aramis afirma "ninguém é perfeito", e pequenas interpretações pessoais em fics pessoais são sempre permitidas - o prazer de escrever está acima do excesso de rigor, ok? Razz E é em primeira linha isso que me guia...e também sou perfeccionista, e faço pesquisa antes de escrever... e se houve alguns solavancos em termos do tempo, paciência...ultrapassam-se, certo???
    Para começar obrigada pelas tuas simpáticas palavras mas para responder terei também em conta os contactos feitos extra-fórum. É que apesar de por aqui parecer que está tudo calmo e controlado o que é certo é que do lado de fora acabou por haver uma certa crispação que me levou a tomar uma decisão baseada em tudo o que sempre disse sobre as fics.

    Foi sempre minha convicção só fazer comentários mais extensos e elaborados se isso não criasse perturbações ou se os autores não dessem a entender, de forma expressa ou não, que não pretendiam que as suas obras tivessem observações mais desenvolvidas como aquelas que por vezes costumo fazer.

    Sempre foi minha intenção parar se nalgum momento me apercebesse que isso podia criar algum mal-estar ou algum tipo de atrito…pois bem, os últimos comentários que coloquei por aqui deram origem a uma certa fricção com a autora da fic o que me levou a tomar uma decisão…deixar de fazer comentários a esta história.

    O fórum é um local de paz e de harmonia onde os vários membros devem confraternizar de forma alegre e descontraída. Deve ser um local de encontro e de convívio pela positiva e não um sítio onde se criam tensões e mal-estar. Como vejo que indirectamente acabei por ser a origem de uma certa desarmonia com a autora da fic penso que esta será a melhor opção para evitar que no futuro surjam atritos entre nós.

    De resto só posso desejar tudo de bom á Degen_Aramis e á sua fic.
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    Mensagem por Athos de La Fère Seg Out 25, 2010 3:05 pm

    Sad Ah, gente!! Acontece... e às vezes, escrevendo, não conseguimos ser tão claras quanto seríamos se tivéssemos nos expressado verbalmente...

    Na minha opinião, a impressão e feedbacks dos leitores é sempre importante, porque estivesse a refletir sobre isso hoje e pensei.. se fossemos autoras de verdade, e quero dizer com isso, profissionais, naturalmente que a opinião dos leitores seria imporante pq. a obra tem seu público alvo.. público que compra, consome.. ou seja... se elçes não gostam, deixam de comprar as obras encalham nas pateleiras das livrarias... não quero enfatizar o lado comercial das coisas, mas sim a importância de ouvir o público e ter em conta o que eles pensam... acho que é importante que saibamos compreender as opiniões... mas atritinhos de vez em quando sempre acontecem... faz parte, como dizemos por aqui!!

    Também quero desejar tuuudo de bom pra fic da Degen da qual espero a continuação... loguinho... Smile

    Ai vamos!!! Very Happy
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    Mensagem por degen_aramis Ter Out 26, 2010 11:36 am

    E aqui vem a autora desta fic enviar uma breve resposta, apenas para que não se fique com a impressão que eu não aceito críticas...

    Portanto, e citando Anbel, uma vez que partilho dessa opinião "O fórum é um local de paz e de harmonia onde os vários membros devem confraternizar de forma alegre e descontraída. Deve ser um local de encontro e de convívio pela positiva e não um sítio onde se criam tensões e mal-estar.", e isso serve para evitar os referidos atritos e mal-entendidos. E a decisão tomada é, então, a melhor escolha, e respeito-a na íntegra.

    Citando também Athos de la Fère "a importância de ouvir o público e ter em conta o que eles pensam... acho que é importante que saibamos compreender as opiniões... mas atritinhos de vez em quando sempre acontecem... faz parte, como dizemos por aqui!!", resume de forma excelente o factor respeito e compreensão mútuas, e que às vezes, atritinhos entre dois seres humanos acontecem. Neste caso, então, entre Anbel e Degen_Aramis.

    Da minha parte, resta-me expressar a vontade de querer continuar a postar a fic, e agradecer a Athos de la Fère, que já deixou a indicação positiva nesse sentido.


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