Mudar por complete a maneira como o país estava a ser governado é um dos principais desafios a que se propõe Hatoyama, que quer tornar a procura interna (em vez das exportações) o motor do crescimento económico do país.
Hatoyama – cujo Partido Democrático derrubou, no mês passado, o Partido Democrático Liberal, há muito no poder – enfrenta agora a pressão para cumprir as promessas de campanha, sobretudo, no que toca ao consumo interno, ao corte de desperdícios e à redução da burocracia.
Mas o seu principal desafio é recuperar o Japão da pior recessão sentida desde a Segunda Grande Guerra, acompanhada de uma elevada dívida pública.
“A luta começa agora”, afirmou o novo chefe de Governo, na sua tomada de posse.
Diplomacia independente, mas amiga dos EUA
No campo das relações externas, a manutenção de boas relações e a construção de um laço de confiança com os Estados Unidos é uma das suas prioridades. É isso que Hatoyama vai transmitir ao Presidente norte-americano, Barack Obama, na próxima semana, quando visitar Washington.
O novo Primeiro-ministro japonês pretende, por outro lado, desenvolver uma política diplomática independente.
Um dos temas que fará, com certeza, parte das conversações entre Hatoyama e Obama é a renegociação do acordo sobre a permanência de tropas norte-americanas no Japão.