Rochefort by Mokugyo

Bem… eu estava a pensar naquela situação em que estaríamos sentados numa cadeira com o Rochefort ao colo a apanhar alguns açoites…tipo castigar uma criança que se porta mal…era esta a imagem que estava na minha mente… e nada mais…

Parece-me que isto não é impróprio para os menores que frequentam o fórum…ou é?

É que não queremos estar aqui a dar maus exemplos!!!

Bem…bater no líder?

Este é um passo muito importante que não pode ser dado de ânimo leve…Só quando os chefes se tornam tiranos ou perdem o juízo…mas penso que ainda não chegámos a esse ponto…ou chegámos?

Quanto ao Rochefort, o que me parece é que ele também pode apanhar umas chineladas sim senhora…Se calhar não as apanhou quando era criança e é por isso que se tornou tão arrogante e mimado por assim dizer…

Estas propostas dos açoites e das chineladas são só para o Rochefort mas se há outras pessoas que também querem quem somos nós para dizer que não, não é Camilla?

Pudera…com o Cardeal não se brinca…
Não nos esqueçamos que ele é o homem forte da França, o verdadeiro poder que governa o Reino…

E por muitos defeitos que o Rochefort possa ter há uma coisa que ninguém pode negar… a sua lealdade. Ele é leal e fiel ao Cardeal mesmo que isso o possa prejudicar bastante…

O Rochefort também não pode ter só defeitos…e este é um grande mérito…

Bem, o amigo era o Duque de Beaufort... no trecho que eu li, era da obra mesmo, o Rochefort se recusa polidamente ao Cardeal alegando que o Duque era um velho e bom amigo... que por favor, o Cardeal pudesse lhe designar outra tarefa! Mas o Cardeal disse que ele estava velho demais para ser Capitão da sua guarda... ele volta pra Bastilha... Esse Cardeal é quase tão caprichoso quanto a Milady... assim como é odioso...

Bem…não sei como é que se começa a falar no Rochefort e na sua personalidade e se acaba numa coisa tão diferente como um croissant de chocolate…Parece-me que são assuntos que nada têm a ver entre si para que seja possível fazer uma comparação destas mas enfim…tudo é possível…


A verdade é que são necessárias várias personagens para que uma narrativa se torne interessante e como se isso não fosse já por si suficiente, quando se trata de histórias assim tão atraentes como é o caso deste romance de Alexandre Dumas o que acontece é que podemos de certa forma “brincar” com as pessoas transformando-as ou adaptando-as para que possam surgir de diferentes formas…E é isso o que acontece aqui com o nosso amigo Rochefort.

Normalmente ele até costuma aparecer como um cavalheiro distinto embora seja do “campo inimigo”. Na versão Sanjushi é que ele se transforma num trapalhão mas também não podemos negar que ele não evolui pois ao longo da série ele vai demonstrando que até tem sentimentos e no fim acaba por ser um aliado dos mosqueteiros…Foi muito bom ver os antigos inimigos a trabalhar juntos para alcançar um mesmo objectivo…derrotar o Máscara de Ferro.

Mas se quando a série chega ao fim até ficamos com boa impressão do Rochefort, isso acaba por mudar um bocadinho quando vemos o filme “Aramis No Bouken” pois aí ele já aparece outra vez com os mesmos comportamentos do princípio da série…antipático e contrário aos mosqueteiros…


Enfim, acho que tudo são diferentes perspectivas de ver as coisas e no fundo ninguém nos pode impedir de idealizarmos um Rochefort á medida dos nossos desejos…