Em 2010 celebram-se os 150 anos da assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre Portugal e o Japão.
Entre 1543 e 1639 Portugal e o Japão tiveram um relacionamento diplomático bastante vantajoso mas a situação alterou-se quando o Xogunato Tokugawa decidiu impor uma política de isolamento ao Império do Sol Nascente. Assim, a partir de 1639 o Japão fechou-se tendo suspendido todo e qualquer relacionamento com as outras nações incluindo Portugal. Esta situação manteve-se até ao século XIX, altura em que o Japão se abriu para o Mundo.
No ano de 1858 os Estados Unidos, a Holanda, Rússia, Inglaterra e França assinaram o chamado “Tratado das Cinco Nações” e pela mesma altura, o Japão manifestou também a sua intenção de negociar um Tratado semelhante com Portugal.
Em 1860, uma missão oficial Portuguesa é enviada ao Japão para negociar a assinatura de um sexto Tratado, o “Tratado de Paz e Comércio”. Assinado em Edo a 3 de Agosto de 1860, o tratado estabelecia, em 24 cláusulas, as normas de conduta e relacionamento entre os dois Estados.
Conteúdo do Tratado:
- nomeação por parte de Portugal de um Agente Diplomático e de cônsules ou Agentes consulares;
- abertura dos principais portos;
- estabelecimento de privilégios e liberdades;
- etc
Assinatura:
O Tratado foi assinado em Edo, pelos seguintes representantes: Mizoguchi Saekino Kami (Midzogoetsi Sanoekino Kami na versão portuguesa original) que estava encarregue das relações comerciais e diplomáticas com os países estrangeiros, Sakai Okino Kami e Matsudaira Jirobe (Matsdaira Dzirobe) e Isidoro Francisco Guimarães nomeado pelo Rei de Portugal D. Pedro V.
(Isidoro Francisco Guimarães desempenhou o cargo de Governador de Macau entre 1851 e 1863).
Originais:
Um dos dois originais do Tratado que o Japão preservou foi queimado na sequência do grande terramoto de Kanto de 1923.
Portugal conserva um outro original do Tratado no Arquivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
As Autoridades portuguesas e japonesas comemorarão ao longo de 2010 os 150 anos da assinatura do Tratado que marcou em 1860 o início das relações diplomáticas luso-japonesas em plena Idade Contemporânea e que é ainda hoje o documento base do relacionamento entre os dois países.
Este é o documento que formalizou o “reencontro” entre Portugal e o Japão depois de um século de profundas, ricas e expressivas relações diplomáticas, comerciais e culturais (de 1543 a 1639) e um hiato que se lhe seguiu de mais de dois séculos até 1860.
Para celebrar a data, o Museu do Oriente em Lisboa preparou uma FESTA DO JAPÃO que vai durar de 16 de Abril a 9 de Maio.
Através de uma série de iniciativas abertas ao público, algumas delas gratuitamente, o museu pretende divulgar a cultura japonesa e as suas diferentes formas de expressão.
No dia 16 de Abril há um concerto de koto, instrumento tradicional de cordas, mas o programa também oferece um concerto com sons pop contemporâneos no dia 1 de Maio, espectáculos de teatro Noh e Kyogen nos dias 22 e 23 de Abril, assim como muitos workshops dedicados aos mais variados temas relacionados com a cultura nipónica:
- gastronomia
- Sushi
- como usar um quimono
- origami
- manga
- karaté
- cerimónia do chá
- shibori (tingimento de tecidos)
- furoshiki (arte de embrulhar)
- bonsai
- ikebana
- shiatsu
- caligrafia
- construção de brinquedos
- etc.
A 17 de Abril terá lugar uma conferência sobre a Filosofia de Acção do Mestre Zen Eihei Dogen e no dia 2 de Maio celebra-se à maneira tradicional japonesa, o Dia da Mãe.
Durante a festa também haverá oportunidade de conhecer algumas iguarias nipónicas preparadas para a ocasião no restaurante do museu, e na loja estarão à venda brinquedos típicos.
Para se saber mais sobre a Festa do Japão pode consultar-se o programa no site do Museu do Oriente:
http://www.museudooriente.pt/1032/festa-do-japao.htm
Trata-se do logótipo oficial do 150º Aniversário da Assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre o Japão e Portugal e pretende exprimir as relações de intercâmbio que há muito existem entre os dois países.
As cores representam os dois países e as suas relações:
- o vermelho representa o Japão (Sol Nascente que simboliza a bandeira do país)
- o verde representa Portugal (Torre de Belém que simboliza os Descobrimentos Portugueses e o local de onde saíram os navegadores lusitanos que foram os primeiros europeus a chegar ao Japão em 1543)
- o dourado que envolve as duas outras cores pretende simbolizar o valor das relações entre as duas nações
Significado dos números que aparecem:
1543 – encontro das duas nações com a chegada dos portugueses á Ilha de Tanegashima
1860 – estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e o Japão
2010 – celebração do relacionamento de amizade entre os dois países
Este logótipo simboliza a amizade e os laços centenários que unem os dois povos. As ondas estilizadas e a desconstrução cromática das bandeiras simbolizam o diálogo futuro, moderno e dinâmico entre Portugal e o Japão.
O poster oficial do 150º Aniversário da Assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre o Japão e Portugal pretende simbolizar também o intercâmbio entre as duas nações usando cores fortes e elementos identificativos dos dois países.
Entre 1543 e 1639 Portugal e o Japão tiveram um relacionamento diplomático bastante vantajoso mas a situação alterou-se quando o Xogunato Tokugawa decidiu impor uma política de isolamento ao Império do Sol Nascente. Assim, a partir de 1639 o Japão fechou-se tendo suspendido todo e qualquer relacionamento com as outras nações incluindo Portugal. Esta situação manteve-se até ao século XIX, altura em que o Japão se abriu para o Mundo.
No ano de 1858 os Estados Unidos, a Holanda, Rússia, Inglaterra e França assinaram o chamado “Tratado das Cinco Nações” e pela mesma altura, o Japão manifestou também a sua intenção de negociar um Tratado semelhante com Portugal.
Em 1860, uma missão oficial Portuguesa é enviada ao Japão para negociar a assinatura de um sexto Tratado, o “Tratado de Paz e Comércio”. Assinado em Edo a 3 de Agosto de 1860, o tratado estabelecia, em 24 cláusulas, as normas de conduta e relacionamento entre os dois Estados.
ALGUNS FACTOS SOBRE O TRATADO
Conteúdo do Tratado:
- nomeação por parte de Portugal de um Agente Diplomático e de cônsules ou Agentes consulares;
- abertura dos principais portos;
- estabelecimento de privilégios e liberdades;
- etc
Assinatura:
O Tratado foi assinado em Edo, pelos seguintes representantes: Mizoguchi Saekino Kami (Midzogoetsi Sanoekino Kami na versão portuguesa original) que estava encarregue das relações comerciais e diplomáticas com os países estrangeiros, Sakai Okino Kami e Matsudaira Jirobe (Matsdaira Dzirobe) e Isidoro Francisco Guimarães nomeado pelo Rei de Portugal D. Pedro V.
(Isidoro Francisco Guimarães desempenhou o cargo de Governador de Macau entre 1851 e 1863).
Originais:
Um dos dois originais do Tratado que o Japão preservou foi queimado na sequência do grande terramoto de Kanto de 1923.
Portugal conserva um outro original do Tratado no Arquivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
As Autoridades portuguesas e japonesas comemorarão ao longo de 2010 os 150 anos da assinatura do Tratado que marcou em 1860 o início das relações diplomáticas luso-japonesas em plena Idade Contemporânea e que é ainda hoje o documento base do relacionamento entre os dois países.
Este é o documento que formalizou o “reencontro” entre Portugal e o Japão depois de um século de profundas, ricas e expressivas relações diplomáticas, comerciais e culturais (de 1543 a 1639) e um hiato que se lhe seguiu de mais de dois séculos até 1860.
Para celebrar a data, o Museu do Oriente em Lisboa preparou uma FESTA DO JAPÃO que vai durar de 16 de Abril a 9 de Maio.
Através de uma série de iniciativas abertas ao público, algumas delas gratuitamente, o museu pretende divulgar a cultura japonesa e as suas diferentes formas de expressão.
No dia 16 de Abril há um concerto de koto, instrumento tradicional de cordas, mas o programa também oferece um concerto com sons pop contemporâneos no dia 1 de Maio, espectáculos de teatro Noh e Kyogen nos dias 22 e 23 de Abril, assim como muitos workshops dedicados aos mais variados temas relacionados com a cultura nipónica:
- gastronomia
- Sushi
- como usar um quimono
- origami
- manga
- karaté
- cerimónia do chá
- shibori (tingimento de tecidos)
- furoshiki (arte de embrulhar)
- bonsai
- ikebana
- shiatsu
- caligrafia
- construção de brinquedos
- etc.
A 17 de Abril terá lugar uma conferência sobre a Filosofia de Acção do Mestre Zen Eihei Dogen e no dia 2 de Maio celebra-se à maneira tradicional japonesa, o Dia da Mãe.
Durante a festa também haverá oportunidade de conhecer algumas iguarias nipónicas preparadas para a ocasião no restaurante do museu, e na loja estarão à venda brinquedos típicos.
Para se saber mais sobre a Festa do Japão pode consultar-se o programa no site do Museu do Oriente:
http://www.museudooriente.pt/1032/festa-do-japao.htm
Trata-se do logótipo oficial do 150º Aniversário da Assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre o Japão e Portugal e pretende exprimir as relações de intercâmbio que há muito existem entre os dois países.
As cores representam os dois países e as suas relações:
- o vermelho representa o Japão (Sol Nascente que simboliza a bandeira do país)
- o verde representa Portugal (Torre de Belém que simboliza os Descobrimentos Portugueses e o local de onde saíram os navegadores lusitanos que foram os primeiros europeus a chegar ao Japão em 1543)
- o dourado que envolve as duas outras cores pretende simbolizar o valor das relações entre as duas nações
Significado dos números que aparecem:
1543 – encontro das duas nações com a chegada dos portugueses á Ilha de Tanegashima
1860 – estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e o Japão
2010 – celebração do relacionamento de amizade entre os dois países
Este logótipo simboliza a amizade e os laços centenários que unem os dois povos. As ondas estilizadas e a desconstrução cromática das bandeiras simbolizam o diálogo futuro, moderno e dinâmico entre Portugal e o Japão.
O poster oficial do 150º Aniversário da Assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Comércio entre o Japão e Portugal pretende simbolizar também o intercâmbio entre as duas nações usando cores fortes e elementos identificativos dos dois países.