Lyrrinne escreveu:
Mais uma vez um excelente comentário da nossa sagaz moderadora,
Obviamente que sim…
Enquanto membro participante deste fórum procuro sempre dar opiniões que penso poderem ajudar…
Quando isso deixar de acontecer é evidente que me calarei…mas até lá, cá estou para me pronunciar sobre os vários assuntos…
Lyrrinne escreveu:
fico feliz por teres gostado do capitulo, que escrevi!
É claro que gostei bastante deste capítulo…
Há aqui uma imensidão de sentimentos que são bastante bem retratados quando vemos o que acontece a Aramis depois de sair de casa do Capitão de Tréville.
A previsibilidade de uma guerra e a forma como isso a perturba são coisas que estão muito bem descritas.
É normal que uma pessoa que tem sentimentos pense em coisas tão sérias como a possibilidade de morrer num campo de batalha e especialmente no caso dela que tem um segredo a esconder.
Mas é muito interessante ver quais são os seus pensamentos.
E depois a notícia bombástica de D’Artagnan…
O facto dele anunciar que vai ser pai, assim sem mais nem menos leva-nos a pensar sobre o seu relacionamento com a Constance…
É que na série e no filme não há nenhuma referência a um casamento mas todos sabemos que eles se amam pelo que não nos surpreenderíamos que um dia tudo isto tivesse como desfecho o previsível matrimónio.
Acho que a grande surpresa que se pode sentir ao ler a fanfic é precisamente essa…em nenhum momento é referido a existência do casório…
É por isso que se estranha esta notícia…
Em relação ao livro há um pequeno pormenor que não se pode descurar…
D’Artagnan e Constance não se podem casar pelo simples facto dela já ser casada. Embora na maior parte das versões cinematográficas a Constance apareça como uma mulher solteira o que é certo é que na versão original de Dumas ela é casada com o senhor Bonacieux. Isto só significa uma coisa…eles nunca poderiam casar…
É certo que o casamento parece ser apenas formal mas a realidade é que se trata de um casamento. Como é que o autor podia justificar um matrimónio entre D’Artagnan e Constance nestas circunstâncias?
Uma coisa é ser amante e outra é ser bígamo…e sabemos bem que as sociedades normalmente aceitam melhor este tipo de relacionamento do que propriamente a bigamia.
Além disso há ainda um outro motivo para que o D’Artagnan e a Constance não se casem na obra original de Dumas…ela morre…
Com certeza que não faria sentido nenhum haver um casamento nestas circunstâncias…
Agora um pequeno aparte em relação a Alexandre Dumas…
Por aquilo que conheço da obra dele, especificamente através da leitura dos textos integrais, sempre fiquei com a sensação de que ele não aprecia muito as mulheres…
Sempre me pareceu que as coloca numa posição de inferioridade considerando-as seres fracos e frágeis que só servem para complicar a vida dos homens…
Não sei se se baseou na sua vida pessoal ou se teve outros motivos para pensar assim…talvez a sociedade da altura em que ele viveu tivesse essa visão das mulheres mas o que é certo é que há esta diferenciação entre os s e x o s na sua obra.
Basta ver que os quatro protagonistas da história não conseguem ter relações amorosas duráveis…antes pelo contrário…
Mas voltando á nossa fanfic não vejo razão para que o D’Artagnan e a Constance vivam nesta espécie de “limbo”…ou já estão casados ou então é melhor tratarem disso rapidamente e até vou dizer porquê.
Apesar de eu achar que a sociedade francesa do século XVII não seria assim tão rígida em relação aos relacionamentos extraconjugais (basta ver os exemplos que nos são dados por Reis como Henrique IV e Luís XIV) não sei se Luís XIII e Ana de Áustria seriam assim tão condescendentes nesta matéria. É que para eles o casamento era uma instituição sagrada e apesar de não serem felizes como marido e mulher, parece que nunca aceitaram a possibilidade de terem amantes.
Por exemplo, Luís XIII nunca teve amantes mas sim favoritas e segundo consta, ficava horrorizado quando lhe falavam na possibilidade de ter um relacionamento carnal fora do casamento. Ana de Áustria também pensava da mesma maneira…
Será que nestas circunstâncias iriam aceitar no Palácio, a trabalhar directamente com a rainha uma aia solteira e grávida?
É que isto era mais um argumento que Richelieu poderia utilizar contra a rainha e parece-me que nem o D’Artagnan nem a Constance quererão tal coisa…
Quanto ao Nial…o que se pode dizer?
A situação complicou-se mesmo…ele vai ao quarto dela e comporta-se como se fosse tudo dele…mas será que esta é a melhor maneira de provar que está apaixonado por Renée/Aramis?
Quanto a mim ele arranjou lenha para se queimar pois o mais provável é ela começar a pensar que ele se quer aproveitar da sua condição de mulher. Digo isto por tudo o que está para trás…a forma como ele se aproxima dela na Companhia dos Mosqueteiros…o modo como reage quando está sozinho em casa…enfim acho que até agora o Nial tem feito tudo mal para mostrar que está realmente apaixonado…
É que na verdade até agora ele nunca conseguiu falar com ela de forma honesta, sincera e directa…tem sempre recorrido a estes subterfúgios e talvez isso lhe venha a complicar a vida no futuro pois penso que a nossa Renée não aprecia muito este tipo de comportamento…
Lyrrinne escreveu:
De facto antes de uma guerra tem que haver muita espionagem...
A guerra é uma possibilidade de enredo…
A minha ideia é a acção estar a decorrer a uns meses de distância dessa situação de conflito de modo a que haja lugar a missões secretas e outras possibilidades do género.
Lyrrinne escreveu:
poderá haver aí a deixa para a carta do nosso amigo Athos? Poderá alguém da família estar metida em contra espionagem por exemplo e esteja em apuros...
A carta do Athos…realmente está aí uma boa questão…
É uma boa sugestão haver alguém da família ou um amigo do passado em apuros por já estar nos bastidores deste conflito!
Camilla Nunes escreveu:Lyrrinne, sabes que é uma excelente deixa! Embora quando eu pensei em uma carta do Athos, imaginei alguma intriga familiar, algo intrínseco à família dele e que ele deixou há tanto tempo... notícias, más notícias... e algum peso na consciência... uma necessidade de consolo também... futuramente... quando retornasse... mas a guerra pode impedí-lo de viajar... mas era algo que não tinha exatamente o contexto "militar" envolvido... mas podemos envolveeeeer hehehehe
E porque não ter um pouco de tudo?
Más notícias familiares…pesos na consciência…situações não resolvidas…há aqui espaço para tudo…
Em relação á guerra tenho que dizer uma coisa…Ela perfila-se no horizonte mas ainda não é iminente…não se esqueçam que no meu capítulo o Capitão de Tréville esteve no dia anterior no Louvre e nessa altura é que foi posto ao corrente da situação…
Além disso quando ele fala com o Aramis, pede-lhe para não comentar com ninguém porque isto ainda não é do conhecimento público, o que significa que o comum das pessoas ainda não sabe que este conflito é assim tão iminente…
Além disso, esta situação de guerra vai acontecer longe de Paris…
Isto quer dizer que o Athos pode muito bem viajar…é que também já tenho umas ideias do que lhe pode acontecer nessa altura mas só posso apresentar essa sugestão se ele realmente partir em viagem…
Camilla Nunes escreveu:
Agora confesso que muito me animou a idéia da Anbel de fazer nossos mosqueteiros terem missões secretas....
Óptimo…
Estamos a ver que ideias não faltam……
Camilla Nunes escreveu:
isso é muito bom... de repente, (achando uma alternativa de por Rochefort na jogada), uma missão conjunta entre mosqueteiros e homens do Cardeal já que a ameaça de Guerra é ruim para toda a França e o Richelieu é o Primeiro Ministro.. uai!! Até que faz algum sentido...
Talvez mais para a frente haja essa possibilidade de uma união de forças entre os mosqueteiros e Rochefort…para já eles vão andar ás turras porque uma das coisas que neste momento incomoda o Capitão de Tréville é precisamente a proposta do Cardeal de Richelieu de juntar as duas forças.
Acho que os nosso mosqueteiros não vão aceitar essa ideia enquanto o espectro da guerra estiver longe…depois logo se vê o que acontece…
Além disso também sabemos que o Cardeal gosta sempre de recorrer a vários estratagemas para conseguir os seus intentos…será que percebem onde quero chegar?
Camilla Nunes escreveu:
É... como nos disse a nossa querida moderadora... esta nossa história está encaixando na perfeição... sensacional mesmo!!!